É praticamente impossível não se magoar nos relacionamentos. Quando entramos em um, é inevitável que isso aconteça, num grau maior ou menor. Na verdade, não possuímos mais que as nossas próprias sensações, que enganam muito devido as crenças construídas, sendo assim é necessário tempo, como o famoso livro de Saint-Exupéry, diz: “O tempo que passas com uma pessoa é que faz ela importante para você”. Sem tempo o relacionamento entra em ciclos de meias verdades que vão se acumulando, uma sobre as outras, como um iceberg gigante de enganação. Quando isso explode, aí sim o relacionamento esfria ou acaba. Tomando como exemplo as crenças construídas no meu relacionamento, morei num ambiente silencioso e sóbrio em comparação com minha companheira, onde tinha muitos irmãos. Na minha casa “conveniente” e “inconsciente” fazem parte das palavras favoritas, como se fosse preciso antes de tudo se submeter às regras vindas de fora. Na casa dela, bem se poderia aplicar a célebre regra: “Pode-se fazer isso, já que eu faço. “Não que a família dela fosse menos religiosa, menos sujeira aos códigos morais, mas soprava ali um ar de liberdade. Então estes dois polos para entender um a crença do outro, num mundo tão cheio de todo tipo de verdade, só com diálogo, destruindo as meias verdades e isto requer renúnciar a muitas outras escolhas.