“Senhor, tu és o nosso refúgio, sempre, de geração em geração.” (Salmos 90.1)
Na família temos várias dinâmicas em andamento. É o famoso “jeito como as coisas funcionam por aqui.” Cada família tem o seu. O modo como enfrentamos problemas, fazemos gestão financeira, construímos nossa carreira… e há também a dinâmica espiritual familiar, que refere-se ao nosso mundo interior e Deus. Alguns pais usam Deus para pressionar seus filhos. Fazendo isso, correm o risco de, no futuro, seus filhos afastarem-se deles e de Deus! Moisés anuncia uma dinâmica espiritual saudável: Deus é nosso refúgio, sempre, de geração em geração! Temos aqui dois aspectos: Deus ser o refúgio da família e continuar sendo o refúgio das próximas gerações.
Se desejamos que seja assim é preciso que Deus seja pessoal para nós. E para isso devemos ser mais que um religioso. Devemos praticar uma fé relacional e não uma fé ritual, em que Deus é uma Pessoa Presente, não um destinatário de nossas preces! Devemos perceber o amor e vontade de Deus, diante da qual devemos nos submeter. A jornada espiritual é sempre pessoal, mas pais comprometidos podem ser excelentes influências para seus filhos. O objetivo não é leva-los à igreja simplesmente. É leva-los a Deus!
Quando a dinâmica espiritual de nossa família é bíblica e cristã (Cristo é suficiente e é o centro), e não apenas religiosa, ela influencia positivamente todas as demais dinâmicas. Enfrentamos problemas, sofremos, perdemos, ganhamos, celebramos… tudo de um jeito diferente, que envolve Deus e Sua presença. A vida sem essa fé pessoal é um risco. Precisamos da orientação de Deus, pois, por aqui, caminhos bonitos também levam a destinos tenebrosos, assim como dores ou crises não precisam representar maldição. Viver exige Deus como refúgio, pois somente com Ele, sob Seu amor e cuidado, nossos passos podem ser firmados.