Reflexões natalinas

“Senhor, daí-me força para mudar o que pode ser mudado. Resignação para aceitar o que não pode ser mudado. E sabedoria para distinguir uma coisa da outra”. São Francisco de Assis (1182-1226).

Na observação contínua deste país em que tantos sobrevivem mergulhados na pobreza e, em decorrência, quanta miséria por não se ter um mínimo para uma vida com dignidade – para que se ter o Natal?

Com a degradação moral se alastrando, costumes sendo substituídos por ações que ferem brutalmente o homem e afrontam a sociedade – de que serve o Natal?

Quando “malfeitos”, da maior gravidade, apenas são comentados como delitos de pouca significância, mesmo que sabidamente resultantes de corrupção e do desvio do bem público, em causas próprias de uns ou de grupos – como saudar o Natal?

Se a esperança parece longínqua, desfalecida, acabrunhada e não dá os sinais que a sociedade busca – por que, ainda, celebrar-se o Natal?

Se, para muitos, as mudanças sociais não representam o que delas tanto se espera e há mais desafios do que resultados aceitáveis – será que há ainda espaço para o Natal?

Em sendo assim, com tanta pobreza, miséria, degradação moral, corrupção, desesperança e desafios – é aceitável, ainda, festejar-se o Natal?

Mas se, conscientemente, não se aceita o que afronta o homem/sociedade, também não há como se propor a celebração quando o Natal não signifique – mesmo em sua simbologia – a perspectiva de se viver com dignidade, superando-se a miséria. O Natal, na percepção cristã, representa, em parte, a vida nova, a mudança pelo cultivo da tradição moral e milenar, desde o surgimento do Transformador do mundo; afirma a esperança de novos tempos e, em conseqüência, a busca da paz e da felicidade por tudo que representa uma criança nascida em uma manjedoura, há mais de dois milênios!

Em antítese à desesperança, querer-se o Natal é buscar o renascimento dos valores em sua plenitude ética e moral, na perspectiva de novos tempos, quem sabe com a crença esperançosa de dias melhores com a Paz e o Amor que Ele, renascido a cada 25 de dezembro, manifestou e proclamou ao longo de toda a Sua vida. São estas reflexões natalinas anseios votivos momentâneos, em nome da coluna e pela causa da Educação. Sendo assim: um Feliz Natal 2013 e Próspero Ano Novo.

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