“Não julguem, para que vocês não sejam julgados.” (Mateus 7.1)
Há muitas boas razões para que não julguemos uns aos outros! Porém, mais que uma boa razão, Jesus nos deu um princípio fundamental para a vida. Um princípio enraizado no Reio de Deus. No verso 12 deste mesmo capítulo lemos: “Assim, em tudo, façam aos outros o que vocês querem que eles lhes façam; pois esta é a Lei e os Profetas” (Mt 7.12). Jesus usou a expressão “pois esta é a Lei e os Profetas”, que usou em outros momentos para referir-se ao amor, ao Grande Mandamento, ao nosso dever de amar o próximo como a nós mesmos! Ao usar a mesma expressão Ele une os dois ensinos: amar o próximo como a nós mesmos inclui fazer aos outros apenas o que queremos que nos façam. Em princípio isso resolveria, mas há um questão a considerar!
Há pessoas tão cruéis, que são cruéis consigo mesmas como justificativa para sua crueldade com as outras. Acham que assim são coerentes, mas trata-se de uma completa falta de coerência com os ensinos de Cristo! Trata-se de uma coerência maligna, pois amor não é cruel. O ódio é e o desamor, sim! Pessoas que assim agem são pessoas cujo amor que têm por si mesmas é adoecido e por isso não amam os outros. Amam regras, instituições, poder… e costumam aproveitarem-se e usarem pessoas. Entre elas e os outros há protocolos e interesses, jamais verdadeira amizade, companheirismo ou cumplicidade. Não sabem o significado de levar as cargas pesadas uns dos outros (Gl 6.2). Elas orgulham-se de sua coerência maligna como se fosse santa!
O pecado é a realidade mais marcante da história humana. Tantas coisas têm mudado, mas o tempo todo temos sido pecadores. Lidamos mal com o dinheiro, como o poder, com o prazer, com a liberdade, com as oportunidade e a lista segue interminável. Apesar de pecadores históricos, não aprendemos a lidar com o pecado. Nem com o nosso nem com o de nosso irmão. Escondemos o nosso e fofocamos sobre o de nosso irmão, explicamos o nosso e condenamos o dele. O caminho da fé cristã é julgar a nós mesmos e procurar consertar a nós mesmos! Quanto ao irmão, aprender a ser tolerante e misericordiosos. Mas, com nos parece difícil! Para errar menos, não sejamos juízes da vida uns dos outros. Deixemos o julgamento com quem pode: Deus. Em nenhum momento Ele pediu que assumíssemos essa responsabilidade, ao contrário, nos proibiu de faze-lo!