“Antes vocês nem sequer eram povo, mas agora são povo de Deus; não haviam recebido misericórdia, mas agora a receberam.” (1 Pedro 2.10)
Quem somos por causa da misericórdia de Deus que nos alcançou? Quem éramos antes de havermos sido alcançados por ela? A vida não é um livro do qual se vira páginas. É um longo parágrafo em que todas as palavras importam. Tanto uma quanto outra condição importam no exercício do nosso mandato para manifestar as grandezas daquele que nos chamou das trevas para a sua maravilhosa luz (1 Pd 2.9). Porque só cumpre de maneira saudável esse ministério se aprendermos sobre a santidade fruto da comunhão com Deus. É essa a santidade cristã e verdadeira, que amplia a consciência do que seja ser um pecador e produz maravilhamento com a misericórdia de Deus.
A misericórdia de Deus é o que nos faz seus eleitos para vivermos como sinais de seu Reino. O que ela realiza em nós? Ela possibilita que sejamos mergulhados no amor de Deus, na graça de Jesus e na comunhão do Espírito Santo. Nós, pecadores sem mérito algum. É ela quem faz toda a diferença. E quando vivemos mergulhados, batizados no Pai, Filho e Espírito Santo, experimentamos essa santidade. A verdadeira, não a meramente religiosa, modelada pelos critérios humanos. Mas uma santidade leve, humilde, amorosa e acolhedora com o outro. Uma santidade que tem consciência, que tem memória e gratidão. Que nos faz humildes e corajosos. Uma santidade produzida pela misericórdia de Deus é compreensiva, paciente e cheia de bondade. Não nos coloca no rosto uma expressão grave, mas alegre. Não nos distancia de ninguém e nos envia a todos!
É uma santidade que semeia a paz. Ela é pacificadora. Sua marca não é a agressividade, mas a mansidão e o equilíbrio. Ela floresce no lugar comum da vida e se manifesta na vida de pecadores. Ela nos deixa cientes de que estamos em pé por causa do amor misericordioso de Deus. Por isso inspira gratidão e não orgulho! Aos santos dessa santidade não é preciso dizer “tire primeiro a trave do seu olho”. Eles são santos justamente porque fazem isso! Para cumprirmos nosso mandato é preciso que sejamos santos desse jeito. Santos com um passado que instrui e um futuro cheio de possibilidades por causa do amor de Deus. Que cresçamos nessa santidade. Que o mundo veja e ouça as grandezas de Deus por meio de nossas vidas!