Quem somos?

“Vocês, porém, são geração eleita, sacerdócio real, nação santa, povo exclusivo de Deus, para anunciar as grandezas daquele que os chamou das trevas para a sua maravilhosa luz. Antes vocês nem sequer eram povo, mas agora são povo de Deus; não haviam recebido misericórdia, mas agora a receberam.” (1 Pedro 2.9-10)

A imagem que temos de nós mesmos, o que acreditamos sobre nós mesmos, importa grandemente para nossa felicidade e nossas realizações. Nossas atitudes e nossas reações estão relacionadas a ela também. Nossa autoimagem começa a ser formada em tempos quando não temos sequer defesas. E seguimos ao longo da vida lidando com ela e procurando ajustá-la. Às vezes, nossa voracidade intelectual ou nossa rigidez com as regras ou nossa dedicação espartana ao trabalho estão relacionadas a nossa luta por aprovação. Queremos pensar o melhor de nós e nos sentimos necessitados de que outros nos aprovem. Mesmo nessa área o Evangelho atua para nossa libertação e cura. Podemos ser mais saudáveis em nossa autoimagem aprendendo a crer em seguimento a Cristo. Paulo estava certo: crer em Cristo é experimentar uma recriação em vida (2 Co 5.17).

É importante o que pensamos de nós mesmo e há valor no que os outros pensam de nós. Mas tanto nós mesmos quanto os outros não temos a palavra final sobre quem somos. Esta palavra é de Deus. Ele sabe quem somos e quem podemos ser. Ele nos ama e pela fé em Cristo somos feitos Seus filhos. A vida cristã pode ser definida como uma existência em que vamos aprendendo a viver como verdadeiros filhos e filhas de Deus. Entre as muitas coisas que isso envolve está aprendermos a ver a nós mesmos pelo modo como Deus nos vê. Se nos falta amor próprio precisamos crer no amor de Deus por nós e aprender a nos amar e nos aceitar apoiados em Seu amor. Se carregarmos culpas precisamos crer no perdão de Deus que nos faz livres da culpa a Seus olhos e aprender a viver livres apoiados em Deus. É dessa forma que podemos ler o texto que Pedro escreveu. Nele há uma descrição de quem somos aos olhos de Deus.

Por essa descrição somos especiais. Não num sentido que nos encha de orgulho, que nos distancie das pessoas ou nos coloque em posição de julgá-las como se fôssemos superiores. Especiais no sentido de que temos recebido bênçãos maravilhosas e agora podemos nos reorientar para a vida e partilha esse ato amoroso de Deus com outros. Neste mundo cheio de dores e escassez, aqueles que são geração eleita, sacerdócio real, nação santa e povo exclusivo de Deus devem ser fontes de esperança para os demais. Somos chamados a anunciar as grandezas desse Deus que nos chamou das trevas para a Sua luz. Isso não é pouco! Por isso, olhe-se com novos olhos e lembre-se de quem você é aos olhos de Deus. Esse mundo pode ser melhor com sua presença. Faça-lo melhor!

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