Adoro queijo, uma verdadeira manifestação de gula, em que entram múltiplas sensações, tanto visuais como táteis, tanto olfativas como gustativas, principalmente, pela textura, depois a faca cortando a fatia, e quando coloco no pão, com a manteiga derretida, enfim o prazer complexo da boca, do palato, da língua, dos dentes, a que se cola a película macia, e outra vez o cheiro, agora, dentro da boca, no céu esteja quem sublime coisa soube inventar.
Lembro de meu sogro Durval, sabia fazer um queijo artesanal muito bom, mas sempre compramos o queijo Primavera o melhor de Conquista, não tem igual e o processo de fabricação é: I filtração do leite; II adição de cultura láctica e coalho; III coagulação; IV corte da coalhada; V mexedura; VI dessoragem; VII enformagem; VIII prensagem manual; IX salga seca; X maturação.
Tem muito queijo bom em Minas e Lisboa onde já visitamos, acompanhado de um vinho tinto acessa algum lugar no nosso interior que não podemos ver, nem tocar, mas dá imenso prazer. Aquele cantinho que algumas vezes bate numa intensa alegria. E que também faz explodir uma intensa mistura de sentimentos que desarma todos os escudos.