O presidente caiu no banheiro do Alvorada e bateu a cabeça, no sábado.
Durante a infância é muito frequente sofrermos quedas. Podemos sair doloridos e até mesmo fraturar um osso, mas, costumamos nos recuperar sem grandes danos e seguir em frente.
Quando nos tornamos idosos, temos menos equilíbrio e força muscular, nossos reflexos estão alterados e os tombos se tornam mais comuns.
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), estudos indicam que a prevalência de quedas, pelo menos uma vez ao ano, gira entre 30 e 60% na população com mais de 65 anos que vive na comunidade.
A situação piora quanto mais velhos somos. Em pessoas acima de 80 anos de idade, a prevalência é ainda mais alta e a mortalidade associada a quedas chega a ser seis vezes maior.
O cérebro não acompanha conscientemente o envelhecimento e perda de força do corpo, que é encontrar a velocidade de sempre, o ritmo, as batidas suaves quando pisa no concreto, e voltar a erguer o olhar para a pista, esperando o mundo entrar em foco, como sempre acontece.
Afinal, por que os idosos tendem a cair mais? As causas são várias e incluem aspectos como comprometimento da marcha e das habilidades cognitivas, dificuldade de enxergar, mobilidade reduzida por perda muscular, uso de medicamentos inapropriados, presença de diversas doenças simultaneamente (caso de diabete, artrose, osteoporose, Parkinson…), além de desajustes ambientais, como falta de iluminação, chão escorregadio, degraus e objetos no caminho — algo que pode se aplicar à casa ou às ruas mesmo.
Aprender um jeito novo de viver, para começo de conversa, é sempre incômodo, mas necessário como o uso da bengala, e priorizar os exercícios para pernas depois dos 60 anos.