Que possamos viver assim

“Quero conhecer a Cristo, ao poder da sua ressurreição e à participação em seus sofrimentos, tornando-me como ele em sua morte” (Filipenses 3.10)

Há quanto tempo conhecemos a Bíblia, conhecemos hinos e as doutrinas de nossa igreja? Há quanto tempo conhecemos a mensagem do Evangelho e quantos livros já lemos e quantas orações já fizemos? Quantos congressos, retiros e reuniões de oração? Tudo isso tem nos levado a conhecer mais a Cristo e ao poder da sua ressurreição? Entendemos e já experimentamos o significado da participar dos sofrimentos de Cristo e nos tornarmos como ele em sua morte?

Podemos exercitar nossa compreensão sobre essas palavras do apóstolo Paulo. Podemos analisar os termos gregos que ele usou e, apoiados em outros textos correlatos procurar alcançar o sentido mais exato possível, segundo nossos critérios, das palavras do apóstolo. Mas talvez tudo isso apenas nos leve ao lugar onde já estamos. Talvez apenas só acrescente mais um conjunto de saberes e conhecimento de caráter cristão. E quanto à vida, aos nossos relacionamentos, ao modo como lidamos com nosso desafios existenciais e dos outros? Sem necessariamente desprezar a possibilidade de entender melhor o que Paulo disse, precisamos considerar o quanto estamos comprometidos em viver o que já sabemos como cristãos, que já sabemos sobre Cristo, sobre sua morte e ressurreição.

Ouvindo recentemente uma canção, encontrei em suas palavras uma boa orientação para essa aventura de vivermos o que sabemos sobre a fé que abraçamos. Ela me lembrou e realçou verdades necessárias ao meu estilo de vida. A canção é “Then I Shall Live” (Então eu devo viver). Diz assim a sua poesia:
“Eu então devo viver como alguém que foi perdoado. Devo andar com alegria por saber que meus débitos foram pagos. Eu sei que meu nome está limpo diante de meu Pai. Eu sou seu filho e não temerei.  Fui perdoado de forma tão maravilhosa, que perdoarei meu irmão. À lei do amor eu com prazer obedecerei. Eu então devo viver como alguém que aprendeu a compaixão. Tenho sido tão amado, que me arriscarei a amar também. Eu sei como o medo constrói muros em lugar de pontes. Me atreverei a ver pelo ponto de vista dos outros e quando os relacionamentos exigirem comprometimento, eu estarei lá para me importar e permanecer. Que teu Reino venha a mim e por meio de mim. Que teu poder e glória possam se manifestar através de mim. Teu santo nome, que eu possa levar com honra e possa teu Reino manifestar-se em mim. O Pão da Vida, que eu possa com honra repartir e possas Tu saciar a fome do mundo por meio de mim.”

Acredito que este é um excelente começo. Precisamos ir além das liturgias e momentos devocionais. Precisamos revelar atitudes e coração de quem foi pacificado pela graça e comprometeu-se com o dever de amar. Vamos caminhar juntos e nos animar a viver o que cremos. Que nossa vida seja o melhor exemplo do que Deus realiza na vida de pecadores que creem e entregam-se a Cristo. É essa a nossa missão. Que possamos cumpri-la pelo poder do Espírito Santo!

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