Passaram 40 dias sozinhas na selva, depois que o avião em que viajavam com sua mãe caiu em uma área de floresta na Colômbia – a mãe e outros dois adultos (incluindo o piloto) morreram. Os sobreviventes tinham idades de 13, 9, 4 e 1 ano, passaram por situações extremamente de sobrevivência. Existiram várias, mas não com crianças, lembro dos sobreviventes dos Andes, que comeram carne humana, dos mineiros que passaram mais de 40 dias soterrados, mas os milhares de nuances de fragilidade das crianças, onde sabemos que quarenta dias em condições tão extremas, o tempo parece sempre vencer no final.
Sozinhos e indefesos viram desmaiar o crepúsculo da tarde e a noite chegar quarenta vezes. Dentro da floresta, um silêncio mortal, só interrompido pelo som dos animais silvestres. Devem ter caminhado de maneira maquinal, sem erguer os olhos, sentindo um calor insuportável e era como se chamas aumentassem e diminuíssem dentro delas, e as cabeças latejando sem cessar, caminhavam ao longo da floresta, ao lado da muralha coberta de árvores, cobras e animais selvagens, o perigo em toda a parte, a indiferença infinita da natureza, estas crianças não enxergavam nem luz, nem sombra à sua frente, mas uma penumbra que se dissolvia de maneira quase imperceptível na escuridão mais ao fundo, os pássaros treinavam ao redor das árvores, entre as quais o céu pesado não aparecia na floresta densa, estas crianças respeitaram as leis da natureza e sobreviveram.