Protocolo contra a covid-19 garante segurança na policlínica em Vitória da Conquista

Protocolo contra a covid-19 garante segurança na policlínica em Vitória da Conquista
Foto: Ascom/Sesab

Inaugurada em julho de 2019, a Policlínica Regional de Saúde em Vitória da Conquista, no sudoeste da Bahia, assim como as outras 15 unidades no estado, suspendeu as atividades em março em consequência da pandemia.

A retomada dos atendimentos foi possível após decisão do Consórcio Interfederativo de Vitória da Conquista e Itapetinga, em assembleia realizada em junho.

Os atendimentos voltaram no dia 1º de julho, como explica o prefeito de Belo Campo e presidente do consórcio, Henrique Tigre.

“Quando decidimos interromper, a maioria dos 31 municípios ainda não tinha casos de covid-19, e a medida foi para prevenir a contaminação”, afirma o prefeito.

Com a expansão do novo coronavírus pela região, a realidade mudou e as demandas anteriores à pandemia levaram os gestores dos 31 municípios do consórcio a decidir pela reabertura.

“Definimos os protocolos e estamos fazendo testes em toda a equipe, periodicamente, para segurança dos profissionais e das pessoas atendidas”, acrescenta Henrique Tigre.

A policlínica é a maior do interior e a mais completa, em termos de serviços de média e alta complexidade. Segundo a diretora da unidade, Handara Silva, médicos, enfermeiros, auxiliares, pessoal de apoio e motoristas dos ônibus fazem o RT-PCR, exame mais preciso para diagnóstico da covid-19 a cada 21 dias, desde antes da retomada das atividades.

Os municípios integrantes do consórcio foram divididos em quatro grupos, um por semana, equilibrando o contingente populacional a ser atendido.

Em julho, 2.130 pessoas passaram pelos consultórios da policlínica. O fluxo é assegurado pela sincronia entre a unidade e os reguladores municipais.

“Todos muito comprometidos com o cumprimento dos protocolos”, explica a diretora, confiante na manutenção do padrão de segurança que registra contaminação zero, neste primeiro mês.

Medidas de segurança

Com portões fechados, o acesso é permitido apenas aos profissionais e aos ônibus que transportam os pacientes, todos usando máscaras.

Os motoristas orientam o desembarque em fila indiana, respeitando o distanciamento mínimo e a higienização das mãos em duas pias instaladas na entrada.

Dispensadores de álcool em gel são oferecidos para higienização de objetos pessoais. Antes de acessarem a recepção, os pacientes passam por uma triagem e medem a temperatura.

A espera pelas consultas e exames ocorre em salas adaptadas para manter o distanciamento mínimo.

Todos esses cuidados dão tranquilidade aos profissionais, como o cardiologista Roosevelt Souza, que se sente “confortável com a redução do trânsito de pessoas e com todas as medidas de controle, a exemplo da triagem feita desde o município de origem do paciente”.

O médico considera acertada a decisão pela reabertura porque “as necessidades são reais e a população precisa ser atendida, mesmo em menor contingente”.

A dona de casa Josenita Carvalho Novais, 63 anos, hipertensa e prestes a operar vesícula e hérnia reforça a opinião do cardiologista. Ela buscou atendimento para exames pré-operatórios depois de vencer o medo inicial. “Tomei todos os cuidados e foi tudo bem, fui muito bem atendida”.

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