Preta Pretinha

Preta Pretinha

Tocou “Preta Pretinha” no rádio do carro. Comecei a cantar: “Eu sou um pássaro que vive avoando, vivo avoando sem nunca mais parar”.

Lembrei nos acampamentos na ilha de Itaparica com a turma da faculdade. Certa noite, estávamos sentados na areia da praia, bebendo cerveja e conversando, aí alguém tomou do violão e puxou o laiá lalá, de “Preta Pretinha”. Todo mundo acompanhou, mas na hora do refrão, a turma se dividiu por instinto. Metade cantava: “Eu ia lhe chamar”, e a outra metade: “Enquanto corria a barca!”

Sabe que foi bonito? Hoje, cada vez que ouço “Preta Pretinha” me lembro daquele antigo verão. Como se todas as recordações de antigamente fizessem parte de meu presente no silêncio que agora me rodeia. Sinto falta de minha grandeza impossível, meu passado inalcançável que hoje é paraíso perdido.

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