Prêmio Nobel de Literatura

 

É um prêmio literário sueco que é concedido anualmente, desde 1901, a um autor de qualquer país que, nas palavras da vontade do industrial sueco Alfred Nobel, produziu “no campo da literatura, o trabalho mais notável em uma direção ideal”.

Primeira mulher da França a ganhar o prêmio de literatura, Ernaux, escreveu obras como “Os Anos”, “O Lugar” e “A Vergonha”. Ganhou pela coragem em seus livros amplamente autobiográficos examinando a memória pessoal e a desigualdade social.

Ela já havia dito anteriormente que escrever é um ato político, abrindo nossos olhos para a desigualdade social. “E para isso ela usa a linguagem como ‘uma faca’, como ela chama, para rasgar os véus da imaginação”.

É difícil, para mim, pensar e escrever sobre ela, não li ainda sua obra, é uma experiência solitária, mas intensa, que, agora, foi premiada, com 82 anos. Mas, posso comentar um conselho de meu pai que dizia “Tudo pode ser tirado de um homem, menos uma coisa, a última das liberdades humanas: escolher uma atitude em qualquer série de circunstância e ela dedicou a vida no sentido de escrever”.

Frankl afirmava que o impulso fundamental das pessoas não está na busca do prazer, mas de encontrar significado em suas vidas, e esta escritora francesa encontrou o ápice aos 82 anos, que coroa com crescimento sua vida.

Compartilhar verdades difíceis, como as desigualdade social, traz um custo, a necessidade de encará-las, mas também há uma recompensa: a liberdade. A verdade nos liberta da vergonha de viver num mundo tão desigual. A citação de Frankl volta mais uma vez à minha cabeça. Ela está abrindo um espaço para liberdade de todos nós, e isto realmente merece um Nobel de Literatura. Livros e ideias são como o sangue; precisam circular e nos mantêm vivos.

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui