Praticando a presença de Deus

“Os céus declaram a glória de Deus; o firmamento proclama a obra das suas mãos. Um dia fala disso a outro dia; uma noite o revela a outra noite. Sem discurso nem palavras, não se ouve a sua voz.” (Salmos 19.1-3)

Sem voz, a natureza, o mundo, anuncia a glória de Deus. Davi viu o mundo por essa ótima! Um aspecto importante na espiritualidade cristã é o contato com Deus. Ou seja, a percepção de que estamos em Sua presença, de que Ele está revelando de Si a nós. E ainda, a experiência de comunhão, de sentir-se amado, perdoado. A percepção de dádivas, bençãos e cuidado. O contato com Deus na espiritualidade cristã é fundamental e ele não precisa ser fruto exclusivo da experiência do templo. Isaías foi ao templo é viu a glória de Deus. Mas Davi também a viu, e a viu  nos céus sobre sua cabeça. Precisamos praticar a presença de Deus. Quando estamos em contato com Deus nosso olhar para a vida muda. A prática da presença de Deus nos permite vislumbres da eternidade. Vislumbres que esclarecem um pouco mais sobre Ele, sobre nós, sobre o outro. E nos transforma e enriquece.

Neste dias sem templo, temos tido uma grande oportunidade: ter mais contato com Deus sem a ajuda do templo. Lá, normalmente cremos mais. Devemos aprender a crer mais, sem precisarmos estar lá. O templo se tornou muito simbólico para nós e, para muitos, acabou centralizando a fé, de tal forma que passaram a depender do templo. Uma dependência que dificulta a percepção da presença de Deus em outros lugares e de outras formas. Sem desmerecer o valor do templo para nossa espiritualidade, precisamos aprender a perceber Deus no mundo criado. Como Davi, precisamos aprender a praticar a presença de Deus. Ele está presente no que criou. Como olhamos o objeto que pertence a alguém que amamos e nos lembramos dessa pessoa, tudo pertence a Deus e deve nos lembrar Deus. Essa lembrança fortalece nosso caminho como discípulos de Jesus. Promove crescimento, santidade e compromisso com o Reino de Deus. Isso não dispensa o templo, e ele ganhará mais significado para nossa adoração. Pois nele celebraremos, não o Deus que lá encontramos, mas o Deus que conosco está, em todo lugar.

Lembro-me de algumas conversas que pude ter com Dr. Russel Schedd. Ele dizia da importância dos primeiros pensamentos, quando acordamos. Dizia que nossos primeiros pensamentos, ao acordar, revelam o que mais está dominando nossa mente, nossa atenção. Comecei a me perguntar se meus primeiros pensamentos relacionavam-se com Deus. Quando aprendemos a ver Deus à nossa volta, facilitamos para nós mesmos o fortalecimento de nossa fé e nosso caminhar com Ele. Crescemos em santidade e em sabedoria. A memória dos valores do Reino fica mais viva e interfere mais em nosso dia. Diante das tentações e pressões, mais facilmente percebemos a presença de Deus e o escape que temos para não pecar. Por isso, faça da vida o seu templo e vá ao templo para celebrar o Deus de sua vida. Não o Deus do templo. A cada manhã, com seus sons e cores, pratique a lembrança de que tudo foi feito por Deus e que Ele está próximo a você. Insista em praticar a presença de Deus. Seus dias serão outros e você também.

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