Gosto de caminhar na praia, respirando o perfume da maresia, e das gramas amareladas, e o cheiro que sobe dos jardins frescos esquentados pelo sol. Porto da Barra algo a torna acolhedora e diferenciada que são as águas tranquilas e o Museu Náutico como paisagem.
Piata cativa pela iluminação do sol e o coqueiral, trazendo cor e certa atmosfera a um ambiente bastante natural. A Praia dos ingleses na Praia do Forte encanta pelos corais na maré baixa e estar naquele ecossistema das tartarugas marinhas. Nos anos 80 frequentei muito a praia de Piata, ficava na barraca de Noca, com a família de meu sogro era uma delícia.
Ao entrar em contato com a água salgada, apreciava o mar aberto e ficava observando aquela imensidão sem fim, saindo da caixinha em que vivia na rotina na cidade, cercada por prédios. É como se essa mudança física representasse o símbolo de uma mudança interior.
Dentro da cidade, não conseguimos ver o horizonte por completo, porque estamos imersos e cegados por uma visão limitada. Às vezes, damos mais importância do que deveríamos
a pequenos problemas, aqueles problemas que todo mundo tem, mas pensamos que, conosco, é sempre pior. E quando, estamos na praia podemos organizar nossos pensamentos. Ao ver aquela imensidão, o céu se encontrando com a água, percebemos que somos realmente um grão de areia. A vida ganha mais leveza e quando voltamos à rotina, já não somos os mesmos.