Prado e Conquista: Operação federal sequestra imóveis e carros

Operação ‘Sertão-Veredas’ foi coordenada pela polícia em Minas Gerais.

Investigação aponta que na Bahia tinham pessoas usadas como ‘laranjas’.

A Operação “Sertão-Veredas” cumpriu quatro mandados de busca e apreensão na Bahia nesta segunda-feira (27) – sendo um em Prado, no extremo sul, e dois em Vitória da Conquista, região sudoeste, conforme informou a Polícia Federal de Minas Gerais. Uma casa de praia, carros e outros imóveis foram apreendidos.

Além da Bahia, a operação ocorreu no Espírito Santo e, principalmente, em Minas Gerais, de onde é originária a quadrilha suspeita de desvio de recursos públicos. O grupo é formado por empresários, servidores públicos e ex-secretários, que atuaram nos governos de Itacarambi e Januária (MG), nos anos de 2011 e 2012.

Os prejuízos aos cofres públicos podem chegar a R$ 5 milhões. As irregularidades foram constadas em áreas diversas da construção civil, pavimentação de vias públicas, manutenção de estradas e de locação de máquinas para a limpeza urbana.

Após a realização de oitivas é que a polícia pode afirmar a relação entre os suspeitos baianos com a quadrilha mineira. Por enquanto, a investigação aponta que na Bahia e no Espírito Santo tinham pessoas usadas como “laranjas”.

Foram expedidos 45 mandados judiciais, sendo 10 mandados de busca e apreensão, 21 mandados de sequestro de valores, bens móveis e imóveis, e 14 mandados de prisão. Apenas um mandado de prisão não foi cumprido.

Com o cumprimento dos mandados foram apreendidos R$600 mil em cheques, R$60 mil em dinheiro e 45 veículos, sendo que alguns com valor de R$100 mil. Segundo o delegado da Polícia Federal Marcelo de Freitas, os bens da quadrilha, entre imóveis e automóveis, podem chegar a R$50 milhões.

A operação abrangeu as cidades mineiras de Montes Claros, São Francisco, Itaracambi, Januária, Manga e Janaúba; além de Vitória da Conquista e Prado, no estado da Bahia e Guarapari, no Espírito Santo. Participam da operação 100 policiais de diversas regiões do País.

A operação

Em nota oficial, a PF informa que a quadrilha, formada por empresários, servidores públicos e agentes políticos, atuantes, principalmente, nos municípios de Januária/MG e Itacarambi/MG, fraudava processos licitatórios, direcionando as contratações para as empresas integrantes da organização criminosa.

Obras públicas em áreas diversas da construção civil, pavimentação de vias públicas, manutenção de estradas e de locação de máquinas para a limpeza urbana não eram sequer fiscalizadas e os servidores públicos envolvidos no esquema atestavam a sua conclusão mesmo quando incompletas ou inexistentes.

A PF afirma também que as empresas investigadas emitiam notas fiscais frias sobre trabalhos, que, sequer, teriam sido executados, ou executados em desacordo com as especificações do projeto. “As verbas desviadas eram, imediatamente, aplicadas em bens, móveis e imóveis, localizados em outros estados brasileiros, que eram colocados em nome de outros empresários e de ‘laranjas’, ligados aos principais membros da organização criminosa”.

 

Fonte: G1

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