“É melhor ter pouco com o temor do Senhor do que grande riqueza com inquietação.” (Provérbios 15.16)
O estilo de vida em nossa sociedade não nos deixa opção: precisamos ter. A necessidade de ter não é um mal em si. Mas devemos admitir que já não sabemos quanto dessa necessidade é autêntica, válida, representante do que coopera com a vida; e quanto é artificial, provocada, representante da ganância, da insensatez, do que corrompe a vida. Nossa sociedade é criadora de necessidades. Ela nos diz que precisamos ter e ter o último modelo. É preciso seguir a moda e as tendências e elas sempre apontam para o que nos falta. E é preciso ter muito, para não cometer o crime de repetir.
Nessa direção alguns perdem tudo enquanto buscam ter um pouco mais. Muitos não têm o que realmente precisam, enquanto estão cheios do que não lhes faria falta. E todos corremos o risco de nos enganar sobre nossas reais necessidades. Este estilo de vida não combina com a presença de Deus. É incomparavelmente melhor “ter pouco com o temor do Senhor do que grande riqueza com inquietação”. Deus não nos quer ansiosos em relação ao amanhã e nem deprimidos porque não temos dinheiro para realizar um sonho de possuir.
Podemos ter conforto e podemos adquirir bens. Mas se isso nos leva ao descompromisso com o Reino de Deus, se o que temos começa a definir quem somos, se nos sentimos melhores que pessoas por causa das coisas, é hora de parar e arrepender-se. Estamos construindo nossa destruição. Nada do que tenhamos deveria valer mais do que a pessoa que somos. Tudo deve estar a serviço da vida, de Deus. Devemos ser administradores sábios de nossos bens e assim será se tivermos sabedoria vinda de Deus para administrar nossas necessidades. Seja o dono do que possui e pertença inteiramente a Deus. Honre a Deus com as coisas que tem e sempre gaste menos do que ganha.