Operação da Polícia Federal foi deflagrada na manhã desta terça-feira (19).
Sócios são suspeitos de favorecer permanência de estrangeiros no Brasil.
Dois sócios de um escritório de contabilidade no município de Porto Seguro, no extremo sul da Bahia, foram notificados pela Polícia Federal nesta terça-feira (19) após início da operação que tenta desarticular esquema criminoso que obtia ilegalmente vistos de permanência no Brasil para estrangeiros.
Segundo a PF, os sócios devem cumprir medida cautelar que prevê a suspensão da atividade econômica exercida no escritório. Em caso de descumprimento, a medida pode ser convertida em pedido de prisão preventiva.
Ainda conforme a PF, ambos os sócios devem prestar depoimento sobre o caso na tarde da quinta-feira (21). Além das notificações, a PF relata que foram recolhidos no escritório dos suspeitos um malote de documentos e uma CPU. Por meio dos documentos, a polícia diz que irá analisar a situação dos estrangeiros atendidos e possíveis envolvimentos nos casos.
Operação
Denominada como “Off Side”, a operação da PF foi deflagrada na manhã desta terça (19). Em nota, a assessoria da PF informou que nas investigações verificou-se que um escritório de contabilidade fraudava o conteúdo de documentos, como contratos sociais e relação anual de informações sociais (RAIS), no intuito de comprovar que os estrangeiros mantinham atividade econômica em solo brasileiro, dando direito, desta forma, ao visto de permanência na modalidade investidor.
A Justiça Federal emitiu quatro mandados de busca e apreensão e decretou a suspensão da atividade econômica dos envolvidos, que estão impedidos de constituir sociedades empresariais em nome de estrangeiros e intermediar ou atuar como seus procuradores em processos de concessão de visto de permanência, modalidade investidor, sob pena de conversão da medida em prisão preventiva.
Ainda de acordo com a PF, mais 100 estrangeiros podem ter sido beneficiados pelo esquema fraudulento. Eles poderão ter seus vistos de permanência no Brasil cancelados, como também deportados.
Fonte: G1