Porto Seguro: Servidores pressionam pelo pagamento dos atrasados

Por Bárbara Martau

Os servidores públicos da prefeitura de Porto Seguro, entre eles professores e funcionários de outras secretarias, realizaram uma nova manifestação, na manhã de sexta-feira, 15, em protesto pela demora no pagamento dos salários atrasados de dezembro e 13º. Assim como ocorreu na quarta-feira, 13, centenas de servidores saíram em caminhada pelas ruas do centro, fazendo apitaço e gritando palavras de ordem. Por causa do protesto, as aulas nas escolas municipais foram suspensas durante o dia.

O pagamento integral dos valores atrasados depende de um empréstimo que será feito em nome dos servidores para ser quitado pela prefeitura. No entanto, está havendo uma demora excessiva na concessão do crédito. Os servidores chegaram a fazer o cadastro junto ao Banco Panamericano, que ainda está analisando se será o agente financeiro do empréstimo.

A caminhada terminou em frente à Casa da Lenha, onde os funcionários públicos aguardaram, durante toda a manhã, o resultado da reunião entre representantes dos sindicatos dos professores e dos servidores – APLB/Sindicato e Sinsppor, respectivamente, e o secretário da Educação, Miguel Ballejo. Depois de quase duas horas, o encontro terminou sem que houvesse um resultado definitivo. O presidente da APLB, Euvadelis Santos, informou que a prefeitura está negociando com outros bancos, além do Panamericano, para tentar agilizar a liberação do empréstimo.

Logo após a reunião, os servidores decidiram que irão aguardar o resultado das negociações da prefeitura junto aos bancos até quarta-feira, 20, quando então realizarão outra assembleia, às 14h, para definir os rumos do movimento.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

“Estamos tentando resolver uma reivindicação justa dos funcionários públicos, que é um problema deixado pela gestão passada”, disse o secretário de Educação Miguel Ballejo. “A prefeitura encontrou, junto com os sindicatos, uma solução conjunta que era a melhor possível para os servidores receberem de forma integral os salários atrasados, que é o empréstimo bancário. Só que o Panamericano, que está operando isso, começou a atrasar, por problemas burocráticos de aprovação de crédito, e extrapolou o prazo”, explicou Ballejo.

Segundo ele, o Panamericano já tem convênio com a prefeitura para fazer o crédito consignado. “Mas os bancos colocam limites de valores para cada prefeitura ou pessoa física, e talvez o limite do Panamericano, que nunca operou em Porto Seguro, não tivesse sido aprovado ainda. Talvez o grande erro tenha sido colocar todos os ovos em um único cesto”, disse o secretário.

De acordo com Ballejo, qualquer outra solução que não seja o empréstimo será uma solução desgastante, “ou para a APLB, ou para a prefeitura, ou para o funcionário, ou para os três”.

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