Porto Seguro: Protesto de servidores paralisa a cidade

Por Mara Magalhães*

Desde o início da manhã desta sexta-feira, 28, professores e outros servidores municipais interromperam o trânsito na BR-367, na altura da entrada o Outeiro da Glória, orla norte de Porto Seguro, para protestar com palavras de ordem contra o atraso de salários e outras mazelas que afligem o funcionalismo.

De acordo com Pedro Mota, integrante da APLB/Sindicato, a manifestação está sendo feita por servidores públicos de vários setores da prefeitura que não receberam o salário de novembro e alguns, também o 13º salário de 2012. “Pessoas que têm um vínculo próximo ao prefeito, que integram o primeiro escalão, receberam seus salários porque têm privilégios. A questão dos professores indígenas é ainda mais complicada, pois sem receber há cerca de seis meses. Os professores efetivos do município não receberam o 13º, enquanto alguns contratados não recebem há três meses e nem ganharam o 13º”, disse Mota.

Impasse vai continuar

Os manifestantes prometem só liberar a pista depois que tiverem uma resposta concreta por parte do prefeito Gilberto Abade ou de algum representante da categoria. “Enquanto o prefeito ou o próprio Ministério Público não se manifestarem no sentido de nos darem uma garantia de recebimento dos nossos proventos não sairemos daqui de forma nenhuma”, explicou Mota Ainda segundo Mota,, alguns representantes do sindicato dos servidores públicos e da APLB foram até o 8º Batalhão da Polícia Militar a fim de tentar uma consenso, mas o Executivo não mandou ninguém para negociar.

Representantes de várias comunidades indígenas também participam da manifestação. “Estamos reivindicando os salários de março, de abril e agora o de novembro que não foram pagos, e nem o 13º foi pago. Só vamos liberar a pista depois que tivermos a certeza de que ele vai pagar nossos salários”, afirmou categporico o cacique Urubaiá, da Aldeia Barra Velha. “Já vínhamos negociando antes com o prefeito Abade, mas nunca conseguimos chegar a um consenso”, acrescentou o cacique.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

A manifestação obrigou a uma mudança no trânsito fazendo com que os ônibus que passam pela rodovia, incluindo a linha Porto Seguro/Santa Cruz Cabrália, parassem de circular. O acesso ao centro de Porto Seguro para carros e motos passou a ser feito pela rua do Telégrafo.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Segundo a Polícia Militar que enviou um efetivo para o local para garantir a segurança, a manifestação transcorreu de forma pacífica.

Praticamente abandonada no fim do mandato pelo prefeito Gilberto Abade, que não se manifesta, a cidade está jogada às moscas, com lixo e mato por todos os canteiros nas principais ruas do centro e da orla.

 

 

 

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