Considerando a importância do fortalecimento do SUS no âmbito regional, com a elaboração do Plano Municipal da Rede Cegonha, que estabelece a Educação Permanente nas linhas de cuidado e atenção à saúde da mulher, a Prefeitura de Porto Seguro, em ação integrada com a Secretaria de Saúde e Atenção Básica, realizaram o I Seminário sobre Pré-Natal de Risco Habitual nesta terça-feira, 25/09, no Porto Seguro Eco Bahia Hotel, direcionado a equipe multidisciplinar da Atenção Básica, envolvendo médicos, enfermeiros e profissionais do NASF, com o objetivo de qualificar o pré-natal, ressignificar as práticas para a produção do cuidado e promover melhoria das condições de vida da mulher reduzindo a mortalidade materno e infantil.
Mesa Diretiva
O Superintendente de Regulação, Controle e Avaliação, Luciano Reis, representando o Secretário de Saúde, Kerrys Ruas, acompanhado do Superintendente da Atenção Básica, Gleison Souza e da Diretora dos Programas Pré-Natal e Rede Cegonha, Jadna Mota, receberam à mesa diretiva composta pelo Sanitarista, Mestre em Saúde e Ambiente do Trabalho, Coordenador do Apoio Institucional do COSEMS Bahia, Referência Técnica da Rede Cegonha da Bahia, Manoel Henrique de Miranda, a Diretora Geral do Hospital Deputado Luiz Eduardo Magalhães e a Superintendente de Assuntos Indígenas da Secretaria de Saúde, Luzia Pataxó.
Pioneirismo
O evento, pioneiro no município, foi composto pela participação de representantes da microrregião de Porto Seguro (Belmonte, Santa Cruz Cabrália, Itapebi, Itagimirim, Eunápolis, Itabela e Guaratinga), equipe indígena, Universidade Federal do Sul da Bahia (UFSB), Núcleo Regional de Saúde Extremo Sul, mulheres representantes do controle social, Rede de Atenção à Saúde – (RAS) de Porto Seguro.
Em seu pronunciamento, o Sanitarista e Referência Técnica da Rede Cegonha da Bahia, Manoel Henrique de Miranda, parabenizou a iniciativa da gestão municipal em fomentar, junto as equipes de saúde e toda rede SUS, a construção de novas condutas humanizadoras, para o cuidado à saúde das gestantes. “A decisão de investir na rede cegonha depende de cada município. Parabenizo o envolvimento da gestão de Porto Seguro, secretário de saúde e multiprofissionais em articular a rede de saúde à saúde materna e infantil, com intenções de reduzir ocorrências de mortalidade, bem como favorecer atualização e reestruturação das práticas implementadas na assistência as gestantes, com vias de fomentar o protagonismo feminino à luz da atuação humana do profissional de saúde”, afirma.
Sistematização
Ao longo do dia, a perspectiva da Rede Cegonha, estratégia do Ministério da Saúde, que visa assegurar às mulheres o direito ao planejamento reprodutivo e a atenção humanizada à gravidez, ao parto e ao puerpério, bem como assegurar às crianças o direito ao nascimento seguro, crescimento e desenvolvimento saudáveis, foi contextualizada e avaliada no âmbito de Porto Seguro quanto aos avanços dos trabalhos implementados nas unidades de saúde da família, durante a assistência e atendimento as gestantes no pré-natal, bem como as práticas médicas adotadas no processo do parto na unidade hospitalar.
“Momento importante de aprendizagem e discussão sobre Rede Cegonha e qualificação da atenção ao pré – Natal, parto e nascimento em nossa cidade e região. Agradeço o envolvimento de todos da Atenção Básica, a Secretária Edna Alves e a Prefeita Claudia Oliveira, que iniciaram esse movimento e defendem a causa, ao Secretário de Saúde, Kerrys Ruas, por darem visibilidade técnica, tendo a finalidade de fortalecer as redes de políticas públicas destinadas a mulher”, descreve a Diretora dos Programas Pré-Natal e Rede Cegonha, Jadna Mota.
Ciclo de palestras
Divididos em eixos temáticos, os palestrantes abordaram sobre: “Organização da Rede de Atenção à Saúde de Porto Seguro no contexto da Rede Cegonha”. “Estruturação da Rede Cegonha e Atenção ao Pré-Natal”. “Indicadores do Serviço de obstetrícia do Hospital Luiz Eduardo Magalhães: Avanços e Desafios no contexto da Rede Cegonha”. Fluxogramas alto risco tipo I e II, fluxograma laqueadura tubária na cesárea e planilha de vinculação”. “Recomendações OMS 2018; Violência Obstétrica; Apoio na formação de rodas; Valorização do protagonismo da mulher e fomento de práticas dialógicas que reforçam o acolhimento, construção de vínculo e escuta qualificada”. O seminário encerrou com avaliação do evento e propostas.