Julgamento do suspeito do crime acontece a partir das 9h desta quinta-feira.
Homem está preso desde 2008 quando o crime ocorreu em Trancoso.
“A gente espera que tudo aquilo que a Promotoria pediu na denúncia seja realmente considerado pelos jurados. Esperamos que ele tenha uma condenação, a maior possível”, essa é a declaração de Francisco Muratori, avó de Cloé Paroli, estuprada e morta em 2008 em Trancoso, no extremo sul da Bahia.
A família da garota assassinada aguarda, em Porto Seguro, o julgamento de Luzinê de Araújo dos Santos, principal suspeito de ter matado a menina. Luzinê responde por homicídio triplamente qualificado e se for condenado nesta quinta-feira (20) pode pegar até 30 anos de prisão. O júri começa a partir das 9h. Como o pai da vítima e demais parentes não falam português, o Ministério Público do Estado irá disponibilizar tradutores para a sessão.
De acordo com Tribunal de Justiça da Bahia(TJ-BA), o julgamento será presidido pelo juiz André Marcelo Strogenski. Por intermédio da Defensoria Pública do Estado, Luzinê Santos terá como advogado de defesa o criminalista José Renato Bernardes da Costa.
A acusação será feita pelo promotor de Justiça Bruno Gontijo. Já a família da vítima contratou o advogado Loredano Aleixo Pereira Santos Júnior.
Cloé Muratori Paroli, de 3 anos, passava as férias com a família em um condomínio do município de Trancoso, ponto turístico da região de Porto Seguro, quando foi alvo da ação criminosa no dia 4 de dezembro. O suspeito do crime é Luzinê Araújo Santos, 30 anos, que atuava como caseiro do imóvel onde a a criança estava hospedada. Ele está preso no Conjunto Penal de Eunápolis.
A vítima era brasileira e, até o mês anterior ao crime, morava com os pais na Nova Zelândia. Ela era filha da paulista Luciana de Vasconcelos Macedo Muratori, 37 anos, e do neozolandês Karl Joseph Paroli, 35. Na viagem a Trancoso, a família comemorava a mudança recente e definitiva para o estado de São Paulo. Hoje, sem Cloé Muratori Paroli, os pais decidiram morar na Austrália com outros dois filhos.
Na época, Luzinê de Araújo Santos confessou para polícia ter praticado o crime que matou a menina mas, três anos depois quando foi ouvido pelo juiz, no Fórum em Porto Seguro, ele negou a autoria do crime. “O Luzinê se revelou uma pessoa bastante fria. Você vê que desde o momento do fato, até o comportamento dele posterior, ele agiu de uma forma bastante calculada. Não revelou qualquer emoção”, disse Loredano Junior, advogado de acusação.
Fonte: G1, com informações da TV Santa Cruz