Porto Seguro: Bancários seguem firme em campanha salarial

Dirigentes do Sindicato dos Bancários do Extremo Sul da Bahia voltaram a condenar as práticas abusivas dos bancos contra os seus funcionários, durante o lançamento da Campanha Nacional da categoria em Porto Seguro.

Os protestos ocorreram em frente ao Banco Itaú e a Caixa Econômica Federal, atraindo o público em geral. O chamamento dos sindicalistas foi em torno das reivindicações dos bancários, que inclui reajuste salarial de 14,78%.

Faixas e cartazes afixados nos dois estabelecimentos cobravam os direitos dos trabalhadores não respeitados pelos bancos. “Não somos máquinas. Homens e mulheres são o que somos”, afirmava a faixa confeccionada pelo Sindibancários, a fim de chamar à atenção dos banqueiros, e que pedia ainda o “fim das metas abusivas já”.

Essas práticas, de acordo com o sindicato, vêm sendo impostas também pela Caixa e o Itaú, através da venda de produtos financeiros. “A Caixa, por exemplo, não é diferente dos outros bancos, porque ela também obriga os funcionários a vender os seus produtos”, afirmou Gildenê Prates, diretor do Sindibancários.

Reforçando a crítica do colega sindicalista, o coordenador geral do sindicato, Carlos Eduardo Coimbra, sustentou que a Caixa está afastando os clientes de suas agências, ao terceirizar os serviços da instituição a correspondentes bancários.

“Os clientes da Caixa devem ser atendidos pela Caixa e não por postos terceirizados”, afirmou Coimbra, ao lado de um correspondente bancário em frente à agência da Caixa, localizada na Avenida Getúlio Vargas, centro da cidade.

Cobrou ainda a contratação pelo banco dos aprovados em concurso público que estão à espera de serem chamados. “Maior número de funcionários nos bancos faz parte da nossa luta, pois visamos também o bom atendimento aos clientes”, disse.

Em relação ao Banco Itaú, os dirigentes sindicais denunciaram, além das metas abusivas, as demissões, as altas taxas de juros e o lucro do banco, considerado exorbitante. “O Itaú lucrou este ano mais de R$ 6 bilhões, ficando atrás somente do Bradesco”, citou o coordenador do Sindibancários.

 

Fonte: Domingos Oliveira

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