Os agricultores da Aldeia Meio da Mata agora são parceiros do PAA (Programa de Aquisição de Alimentos) em Porto Seguro. Através do programa, realizado em parceria com o Ministério da Cidadania, a Prefeitura de Porto Seguro, por meio da Secretaria de Agricultura e Pesca (Seagri) adquire produtos da agricultura familiar e repassa a comunidades beneficiadas por projetos sociais.
No final de julho, técnicos da Seagri foram até a Aldeia Meio da Mata, onde foram recebidos pelo Cacique Givaldo Braz e pela liderança Indígena Josenilson, para recebimento e pesagem dos alimentos a serem adquiridos pela Prefeitura. Os agricultores indígenas realizaram a colheita e levaram ao local. Atualmente eles estão produzindo aipim, abóbora, banana da terra, banana prata, batata doce e hortaliças.
Nesse dia, aproximadamente 150 famílias de comunidades carentes da Aldeia Xandó e da Aldeia Barra Velha foram beneficiadas, pois receberam a cestas do PAA, das mãos dos próprios parentes indígenas. Meio da Mata é a segunda aldeia em Porto Seguro a entregar para o PAA. A primeira foi a Aldeia Juerana.
“O PAA cumpre seu objetivo quando adquire os produtos da comunidade local, incentivando assim o aumento da produção. E o mais importante é que este alimento é distribuído para quem precisa, nas comunidades próximas. A prefeita Cláudia Oliveira busca sempre incentivar e valorizar a produção local de nossa cidade.”, afirma o secretário de Agricultura, Aliomar Bittencourt.
De acordo com Guida, coordenadora do programa, a participação da comunidade indígena é muito importante para atender ao percentual de prioridade reservado a eles e também para demonstrar a riqueza de sua cultura fortalecendo a renda local. “É uma conquista não só para os agricultores indígenas, mas também da equipe do PAA, que assim cumpre sua missão também em comunidades indígenas”, comenta Karina Hong, assessora do Secretaria de Agricultura.
Além dos produtos agrícolas, os indígenas também estão com produção de mel. “É importante compartilhar com comunidades vizinhas nossa produção. Já faz muito tempo que o grupo luta para fortalecer a agricultura familiar”, afirma Josenildo, liderança indígena. A associação tem 63 associados, com 59 áreas de plantio.