Segundo a investigação, o preso Erion Messias dos Santos fingiu estar passando mal na 1ª Delegacia no dia da fuga para atrair os policiais
Uma quadrilha montou um esquema para facilitar a fuga do assaltante Rivaldo Freitas Oliveira, que escapou da cadeia de Porto Seguro no sábado – na fuga, ele matou o policial militar Luiz Cláudio Dias dos Santos com quatro tiros. Quatro pessoas envolvidas no esquema foram presas por equipes da 23ª Coordenadoria Regional de Polícia do Interior (Coorpin Eunápolis) e da 1ª Delegacia de Porto Seguro. Um quinto envolvido, identificado como Joel Chaveiro, é procurado.
Segundo a investigação, o preso Erion Messias dos Santos fingiu estar passando mal na 1ª Delegacia no dia da fuga para atrair os policiais. No momento que um agente abriu a cela para socorrer Erion, Rivaldo o rendeu com um revólver calibre 38. Outro agente foi rendido e teve a arma roubada antes da fuga de Rivaldo, que saiu atirando e baleou o PM Luiz Claudio na portaria da delegacia.
No momento da fuga, um homem em uma moto preta já esperava o criminoso do lado de fora. Outros presos que se aproveitaram da fuga de Rivaldo e saíram das celas voltaram correndo quando começou o tiroteio. Socorrido, o PM Luiz Claudio não resistiu aos ferimentos e morreu. Em depoimento, o preso Erion disse que foi obrigado por Rivaldo a fingir estar passando mal.
Arma
Segundo a polícia, o revólver chegou até Rivaldo através da ala feminina da delegacia, onde está presa a esposa do bandido, Kelly Santos de Jesus. Duas outras presas confessaram que repassaram a arma ao bandido dentro de um saco de chá – as duas alegaram não saber o que havia dentro da “encomenda”.
A arma teria chegado até as presas por uma abertura na grade de ventilação que dá acesso ao pátio. As duas presas foram autuadas em flagrante e vão responder por participação na morte do PM.
Ainda segundo a polícia, uma namorada de Rivaldo, de prenome Mari, teria ajudado a arrumar um veículo para a fuga. A polícia investiga se Mari participou do assalto que levou Rivaldo à prisão – ele roubou a faculdade onde ela estuda. A suspeita nega qualquer participação no crime.
O revólver teria sido passado para as presas por Joel Chaveiro, que continua sendo procurado. Duas outras pessoas, identificadas como Tina e Beto, foram até o local no dia da fuga para observar a movimentação e dar o ok para o momento exato da fuga – Joel ligou para Rivaldo no celular para avisar a hora de agir.
Tina e Mari estão presas na delegacia. Além de Joel Chaveiro, o fugitivo Rivaldo ainda não foi preso pela polícia.
Fonte: Correio da Bahia