Em mais uma de suas tradicionais temporadas em Salvador, Caetano Veloso curtiu a praia do Porto da Barra. Aí na década de oitenta, num pôr do sol, Deus esperou o tempo certo para me presentear com alguém muito especial que estou até hoje.
No verão temos minutos extras de luz enquanto o sol se demora, neste mar sem ondas. Os prazeres do jogo de peteca na areia, sendo as partidas sob o céu pálido do nascer do dia, praia de mistura de massa, gente alegre de graça. Caetano, como sempre vem a um reduto popular, de todas as tribos e deve ter visto a esfera amarelo – manteiga se pondo, derretendo lentamente no mar. No mar a prática do walkbord embelezando o poente e os pássaros no ar.
A beleza do Porto da Barra conflue, criando uma bolha cujo tempo é mais desacelerado, onde os acontecimentos se desenrolam com a típica lentidão sazonal de um local de veraneio.