Uma legião de seres humanos trabalham nas portarias de prédios nas grandes cidades, a margem das normas de segurança do trabalho e da fiscalização, muito tempo sentados, com riscos ergonômicos elevado, não há ginástica laboral ou refeições servidas pelo empregador, envelhecem de um golpe, nos seus cubículos de porteiro, sozinho na alma, como vivem sempre, às vezes cozinham a própria comida numa lata e num fogareiro a álcool. Desde o amanhecer ocupam-se dos moradores. No prédio onde moro, tem quatro porteiros, já fui síndico e acompanhei a realidade difícil de suas vidas. Parece que o mundo continua rodando e eles ali parados, sendo o crescimento destes seres humanos uma grandeza impossível, com um futuro inalcançável.
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