Porque é Natal

“Seja a atitude de vocês a mesma de Cristo Jesus, que, embora sendo Deus, não considerou que o ser igual a Deus era algo a que devia apegar-se; mas esvaziou-se a si mesmo, vindo a ser servo, tornando-se semelhante aos homens.” (Filipenses 2.5-7)

Celebrar o natal! O modo como fazemos isso tem mudado. Nós, no hemisfério sul, nos países tropicais, nem mesmo temos um jeito próprio. Jamais tivemos! Importamos o Papai Noel do norte com suas vetes de neve e levamos os “noeis” tupiniquins a transpirarem à quase desidratação em nome da tradição dos outros. A ideia de bondade, de solidariedade, concorre com os interesses do comércio. As notícias sempre informam quanto se pretendia vender e quanto se vendeu e é isso o que define o tipo de natal tivemos, se gordo ou magro. Celebrar o natal está correndo riscos. Jesus está sendo banido para que a festa fique menos sectária, mais politicamente correta. Afinal, e quem não é cristão? Então, que se celebre o amor entre os povos, a bondade, a harmonia e se deseje a paz. Mas não a de Cristo, pois, como já vimos, seria impróprio. Celebremos algo mais “meio termo”, genérico, sem muitas verdades, sem muita clareza.

Diante disso os cristãos das mais variadas bandeiras manifestam reações. Para alguns é preciso brigar e impor. “Fora com a Árvore de Natal e fora com o Papai Noel. Deve haver algum demônio dentro daquele saco! Tá amarrado! Vamos apagar as luzes coloridas e definitivamente negar qualquer presente aos nossos filhos e netos.” Alguns abraçam o combate como forma de testemunho. Acreditam que assim fazem valer a verdade sobre o Natal. Para outros é difícil demais ir contra tudo isso e, na verdade, nem mesmo julgam necessário. “Somos parte de uma cultura, nossos filhos e netos não podem viver como alienígenas. Apesar de toda simbologia deslocada, ela necessariamente não se constitui um sacrilégio e não há um demônio naquele saco! Desamarra!” Como encontrar uma síntese para isso? Qual é a real questão, o ponto a que deveríamos dar atenção?

Ter ou não ter uma Árvore de Natal, dar ou não dar presentes, colocar ou não colocar luzes, deixar ou não deixar as crianças tirarem foto com Papai Noel não determina coisa alguma! E, quanto ao saco do Papai Noel, por que teria um demônio lá?! O que devemos fazer é, diariamente, aprender a sentir e agir como Jesus, quando não é Natal. É pelo tipo de vida que levamos que testemunhamos! É pelo serviço e amor ao semelhante, em nome de Jesus. É pela sabedoria em possuir bens e usa-los para o bem, em gratidão a Jesus. É pelo respeito e compreensão que oferecemos ao outro, em imitação a Jesus. O verdadeiro Natal depende do tipo de vida que levamos e da pessoa que somos nos outros dias e épocas do ano. Quanto ao dia 25 de dezembro, se me esqueço de Cristo o resto do ano, como celebra-lo neste único dia?

 

 

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