O polígrafo é o único detector de mentiras fisiológico em uso no mundo há mais de 50 anos. Ele monitora a condutividade da corrente elétrica na pele, a pulsação cardíaca e a respiração do participante durante uma série de questões.
Ao submeter uma pessoa ao polígrafo, suas respostas fazem os sensores registrarem em um gráfico as reações daquele interrogado. A partir das reações, indicadas pelo aparelho, alega-se poder detectar uma mentira. Não existem, contudo, reações fisiológicas específicas associadas à mentira, dificultando identificar factores que separam aqueles que mentem daqueles que dizem a verdade.
Além disso, pessoas treinadas podem facilmente burlar o dispositivo, e mesmo com interrogados não treinados o resultado não é confiável, sendo raramente admissíveis em julgamentos.
O teste do polígrafo no Brasil, também conhecido como teste do detector de mentiras, é uma ferramenta à qual cada vez mais brasileiros recorrem. Particulares, empresas, advogados da defesa, um crescente número de casos é tratado por peritos psicofisiólogos.
Em minha opinião, confiar no detector de mentiras não é melhor do que usar a observação atenta do comportamento. Penso que sua utilização se popularizou nos Estados Unidos pelo fato de ser uma sociedade que sempre está a procura de meios objetivos e científicos para demonstrar as suas teses.