O terceiro envolvido no assassinato do delegado Clayton Leão foi preso, na manhã desta quinta-feira, 27, e é apresentado na sede da Secretaria de Segurança Pública, no Centro Administrativo da Bahia (CAB), juntamente com os outros dois participantes do crime realizado na manhã desta quarta, 26, na estrada das Cascalheiras, em Camaçari. “Estamos buscando todos os elementos e provas tanto testemunhais quanto periciais para descrever a ação criminosa”, disse o delegado-chefe da Polícia Civil, Joselito Bispo.
Bispo afirmou ainda que o crime foi uma fatalidade. “O colega teve a infelicidade de parar em um lugar em que jamais deveria ter parado. Não estava ali um policial, estava um cidadão. Precisamos trabalhar muito e ter consciência que segurança pública não é mais viatura, não é mais polícia. É um conjunto que tem que ser trabalhado como um todo”.
Delegado Clayton Leão foi morto em uma suposta tentativa de assaltoFuneral
O corpo do delegado Clayton Leão Chagas, 35, que era titular da 18ª delegacia, em Camaçari, foi enterrado na manhã desta quinta-feira, 27, no Cemitério Campo Santo, na Federação, em Salvador. Familiares e colegas do policial participaram de cerimônia na capela do cemitério em homenagem ao morto. Clayton foi assasinado com dois tiros na cabeça, na manhã desta quarta-feira, 26, enquanto concedia entrevista ao vivo à rádio Líder FM, de Camaçari.
O delegado-chefe da Polícia Civil, Joselito Bispo, e o secretário de Segurança Pública, César Nunes, compareceram. O governador Jaques Wagner esteve no cemitério antes da missa começar, cumprimentou a família do delegado e foi embora. A imprensa não teve acesso à capela.
César Nunes disse que a causa do crime foi descoberta. “Concluímos a motivação do crime, que é tentativa de roubo seguida de morte. Os dois presos (Edson dos Santos e Reinaldo Valência) confessaram”, disse.
De acordo com Edson e Reinaldo, eles atiraram em Clayton porque ele reagiu à tentativa de roubo. De acordo com a polícia, Edson afirmou ter atirado contra o delegado e Reinaldo confessou dirigir o veículo utilizado na ação. Os três envolvidos são apresentados à imprensa nesta quinta, às 11h, na Secretaria de Segurança Pública, no Centro Administrativo da Bahia (CAB).
Como o crime aconteceu
Clayton foi baleado duas vezes na cabeça enquanto concedia entrevista à emissora de Camaçari. Por meio da rádio, foi possível ouvir os disparos dos tiros e o desespero da mulher do delegado, que estava com ele no carro.
Momentos antes do crime, Clayton parou o veículo na estrada da Cascalheiras, em Camaçari, para conceder a entrevista, já que não conseguiria ir ao estúdio da emissora. Ele falava sobre segurança na cidade e dizia que já sentia confiança em residir no município.
A notícia do assassinato fez dezenas de policiais e delegados irem para o local do crime para ajudar nas investigações. A polícia localizou os dois acusados pelo assassinato depois de encontrar o suposto carro utilizado na tentativa de assalto seguida de roubo.
Fonte: Carolina Mendonça, com redação de Paula Pitta / A Tarde On Line