A escuridão circunda as eleições, apesar da chama democrática que arde hoje, uma nuvem negra gela a alma, que mina o processo democrático, “a polarização”. Estou pensando sobre uma viagem no tempo que tinha escutado no rádio, e se referia a uma citação, uma descrição do passado como “uma vasta enciclopédia de calamidades que você ainda pode modificar, e faria de tudo para consertar este momento da polarização. Estou encarando a incerteza. Tenho aprendido a ficar bem com o fato de não estar totalmente bem. Hoje é um tempo de espera, de hesitação. Eu respiro fundo. Ouço os carros passando. Vejo as luzes da cidade. Sinto o cheiro de asfalto. Finalmente, não há muros ou janelas entre mim e o mundo que gira à minha volta. O ar que entra e que sai dos meus pulmões é melhor e mais cheio de vida do que todo o período democrático dos últimos doze anos.Fecho os olhos e ouço o barulho do trânsito. Na era da informação, não é a informação em si que tem valor, é a interpretação da informação que gera riqueza, e o povo brasileiro não está processando o passado, os últimos doze anos pela razão e sim pelo coração.
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