Onde desejamos e esperamos chegar com nossos esforços? Viver não é simples e exige muitos esforços em muitas áreas. Graças a Deus a vida não se constrói apenas com esforços. Há muitas dádivas! Todavia, sem que nos esforcemos, sem que trabalhemos por ela, as coisas não irão bem. Deus esforça-se por nós e nós devemos fazer a nossa parte. Como admirou-se o profeta: “Desde os tempos antigos ninguém ouviu, nenhum ouvido percebeu, e olho nenhum viu outro Deus, além de ti, que trabalha para aqueles que nele esperam.” (Is 64.4) Mas as vezes somos o maior entrave à nossa própria vida. Simplesmente não assumimos responsabilidades que nos cabem e não nos esforçamos como devemos. É preciso esforço e é preciso também sabedoria! Sem sabedoria vamos nos esforçar por algo que depois de conquistado não será mais desejado. Por quê? Porque era apenas uma ilusão. O apóstolo Pedro orienta a nos esforçarmos por nossa vida com Deus, nossa espiritualidade. Pois é a partir dela que teremos sabedoria para nos esforçar corretamente em todas as demais áreas. Já vimos que o esforço espiritual envolve ampliar os efeitos de nossa fé. À fé deve ser acrescentada a virtude; à virtude, o conhecimento; ao conhecimento, o domínio próprio; ao domínio próprio, a perseverança. Agora chegou a hora de acrescentar piedade e fraternidade à receita. Piedade é retidão. Aprender a praticar o que é correto. O piedoso é ético. É um bom exemplo. A fraternidade é a atitude de se irmanar, de acolher o outro, de ser parte com outros. É muito especial que Pedro tenha falado sobre acrescentar fraternidade à piedade, pois na experiência de muitos, a piedade leva à separação. O piedoso acha-se melhor e distancia-se e até compreende que precisa da distância dos ímpios para que possa ser pio. A piedade cristã é fraterna e a fraternidade não a coloca em risco. Assim era a piedade de Jesus. É hora de seguir em frente: seja piedoso e fraterno. Estamos chegando ao último ingrediente: o amor! Sobre ele falaremos amanhã. ucs |
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