Em 2021, o Produto Interno Bruto (PIB) da Bahia totalizou R$ 352,6 bilhões, com expansão de 3% na comparação com 2020. Os dados em questão foram compilados pela Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI), a partir de levantamento do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Entre os componentes do PIB pela ótica da produção, o valor adicionado bruto teve variação positiva de 3,3% e os impostos cresceram 1,1%. Em termos de participação, o estado representou 3,91% da economia nacional em 2021 e manteve-se na 7ª posição entre as Unidades da Federação, enquanto no Nordeste, a Bahia participou com 28,3% do PIB da região.
Analisando-se a estrutura do PIB, os três setores econômicos (agropecuária, indústria e serviços) correspondem a 87,2%, enquanto os 12,8% restantes são relativos aos impostos líquidos de subsídios.
Os dados do PIB de 2021, pela ótica da renda, evidenciam que os salários foram o componente mais afetado, passando a representar 30,7% em 2021, menor participação da série divulgada desde 2010. Este fato ratifica a menor participação da remuneração sobre o PIB da Bahia pela ótica da renda.
O PIB per capita baiano foi de R$ 23.531 em 2021, com crescimento de 2,6% em relação ao ano anterior. O PIB per capita da Bahia configura-se como um dos mais importantes da região nordeste. Em âmbito nacional, o PIB per capita foi de R$ 42.248.
Os setores econômicos da Bahia que tiveram taxas de crescimento positivas no ano de 2021 foram a Agropecuária (+7,3%) e os Serviços (+4,2%). Como resultado da significativa variação em volume da agropecuária, a participação no valor adicionado bruto passou de 10,4% em 2020 para 11,1% em 2021, ganho de 0,7 p.p. É bom frisar que este setor é o que vem ganhando maior participação nos últimos anos.
A expansão em volume da Agropecuária deve-se ao bom comportamento do setor como um todo. A agricultura apresentou taxa de crescimento de 5,7%. Esta atividade participa com 75% dentro do setor agropecuário. Os principais cultivos que contribuíram significativamente com esse desempenho foram: os cultivos da soja e os cultivos de outros produtos da lavoura permanente. Além da alta da agricultura no setor, a pecuária contribuiu com incremento de 14,3% e a produção florestal, pesca e aquicultura com taxa de 3,9%.
A indústria baiana apresentou variação em volume de -1,6%, mesmo assim o setor vem ganhando participação em relação ao total da economia do estado da Bahia, saindo de 22,2%, em 2020 para 24,9% em 2021. Entre as atividades industriais, as Extrativas registraram a maior taxa em volume do setor, 12,7%, em função da alta na extração de minerais não metálicos e extração e pelotização de minérios de ferro, seguida pela Construção civil com crescimento de 9,6%, atrelada às obras de infraestrutura no estado. A atividade de Eletricidade e gás, água, esgoto, atividades de gestão de resíduos e descontaminação caiu 0,1% e a Transformação registrou recuo de 7,4%, puxada sobretudo pela queda do refino de petróleo e da metalurgia.
O setor de serviços apresentou crescimento de 4,2% em volume, desempenho que contribuiu com a taxa de crescimento do PIB para o ano de 2021. Embora tenha registrado alta, o setor perdeu participação ante o ano anterior, 67,4% para 64,0%, perda de 3,4 p.p. no VA total do estado. O desempenho em volume observado resultou, sobretudo, em taxas positivas em toda a cadeia do setor de serviços, exceto Atividades financeiras, de seguros e serviços relacionados (-5,5%). Dentre as atividades com maior participação no setor de serviços, Administração pública e Comércio se destacam, com 30,0% e 18,8%, respectivamente. Outro destaque cabe à Atividade imobiliária com participação de 13,6% dentro do setor.
Em 2021, quatro atividades econômicas concentravam 54,3% do Valor Adicionado do estado da Bahia, são elas: Administração, defesa, educação e saúde públicas e seguridade social (19,2%) do VA baiano, em seguida, Indústrias de transformação (14,3%); Comércio (12,0%); e Atividades imobiliárias (8,7%).
Fonte: Bahia.ba