Um baiano, ex-jogador da seleção brasileira, está envolvido no esquema. Operação cumpre mandados na Bahia e outros 4 estados
Uma operação da Polícia Federal prende integrantes de uma organização criminosa que fraudou o pagamento de prêmios das loterias da Caixa Econômica Federal nos estados da Bahia, Goiás, Sergipe, São Paulo e Paraná, assim como no Distrito Federal. Um doleiro e um baiano ex-jogador da seleção brasileira estão envolvidos no esquema de fraude.
Em Salvador, a Operação Desventura, que teve início nesta quinta-feira (10), cumpriu 3 mandados de prisão temporária, um de prisão preventiva, 6 mandados de busca e apreensão e 8 conduções coercitivas. Os presos na Bahia serão transferidos para Goiânia, assim como o material apreendido.
Já as pessoas conduzidas coercitivamente prestarão depoimento na sede da Polícia Federal na Bahia, sendo liberadas em seguida. O esquema de fraudes da quadrilha realizava a validação de bilhetes premiados falsos, de prêmios que não tinham sido sacados por ganhadores, com a ajuda de gerentes da Caixa Econômica Federal.
Através das suas senhas, os gerentes disponibilizavam o pagamento valores dos prêmios auxiliados por correntistas do banco que têm grande movimentação financeira. Entre os envolvidos no esquema está um baiano, ex-jogador da seleção brasileira, e o primo dele.
Um outro integrante da quadrilha chegou a ser preso durante as investigações da operação, ao tentar aliciar um gerente da Caixa para sacar um prêmio no valor de R$ 3 milhões de reais. Alguns dias após ter sido liberado pela polícia, ele foi executado.
As circunstâncias do crime ainda estão sendo investigadas. Além disto, a investigação também identificou a atuação de doleiro na quadrilha, fraude na utilização de financiamentos do BNDES e do Construcard, além da liberação irregular de gravame de veículos.
Ao todo, os 250 agentes da Polícia Federal cumpre 54 mandados judiciais – cinco de prisão preventiva, 8 de prisão temporária, 22 conduções coercitivas e 19 de busca e apreensão. Os envolvidos no esquema de fraude vão responder pelos crimes de organização criminosa, estelionato qualificado, tráfico de influência, corrupção ativa e passiva, falsificação de documento público, evasão de divisas.
Os valores dos prêmios da Mega-Sena, Loteca, Lotofácil, Lotogol, Quina, Lotomania, Dupla-sena e Timemania não sacados seriam destinados ao Fundo de Financiamento Estudantil (Fies). Somente em 2014, R$ 270,5 milhões em prêmios deixaram de ser resgatados por ganhadores de loteria da Caixa.
Ainda de acordo com a PF, a investigação conta com o apoio do Setor de Segurança Bancária Nacional da Caixa Econômica Federal. Uma coletiva na Superintendência da Polícia Federal de Goiás, às 10h30, vai divulgar o resultado da Operação Desventura.
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