A Polícia Federal em Minas Gerais indiciou na tarde de quinta-feira, 7 de maio, o deputado estadual Aécio Neves (PSDB-MG), além de outras 11 pessoas, por supostos desvios e irregularidades na construção do complexo da Cidade Administrativa, sede do governo do estado, em Belo Horizonte.
O grupo foi acusado de corrupção passiva e ativa, desvio de recursos públicos e falsidade ideológica. Os onze indiciados ao lado de Aécio Neves são representantes das empreiteiras envolvidas, mas não tiveram os nomes divulgados.
A investigação da PF, iniciada em 2017 com base em fatos relatados por executivos e funcionários da empreiteira Odebrecht em delação premiada, apurou o processo de licitação, contratações e execução das obras do complexo, ocorridos entre 2007 e 2010, na gestão de Aécio Neves no estado.
De acordo com o relatório da PF, entregue à Justiça Estadual, o processo de licitação foi dirigido para que um grupo de empreiteiras vencesse a licitação. Há, ainda, indícios de desvio de recursos públicos através de contratações fictícias, cujas prestações de serviços não foram executadas na obra. A investigação apontou que o prejuízo aos cofres públicos totalizaram quase R$ 747 milhões.
Inicialmente, a construção da Cidade Administrativa foi orçada em R$ 900 milhões. O Tribunal de Contas do Estado afirma que o custo da obra passou de R$ 1,8 bilhão.
Compilação: Veja e Folha