PF derruba o império dos caça-níqueis

PF derruba o império dos caça-níqueis
(Foto: Ângelo Pontes/TB)
Bahia – Polícia Federal deflagrou a “Operação Reset” para desarticular uma organização que detém mais de 20 mil máquinas caça-níqueis na Bahia e movimenta cerca de R$ 50 milhões por ano. Treze pessoas foram presas ontem pela manhã em cumprimento a mandados de prisão, em edifícios de luxo na Graça, Corredor da Vitória, Alphaville I e em outras cidades do estado. Três empresários foram apontados como diretores do ramo de jogos de azar, responsáveis por toda a articulação do grupo.

Quatrocentos monitores e placas-mãe foram apreendidos na empresa 2M2B, na Rua Djalma Dutra, próximo à Ladeia dos Galés. Os policiais também fizeram buscas na O.M Recreativos, de propriedade de um dos detidos, no bairro da Liberdade. Foram cumpridos 14 mandados de prisão e 37 de busca e apreensão em Salvador, Itaparica, São Caetano do Sul, em São Paulo, e Fortaleza.

A ação é um desdobramento da “Operação Aposta”, realizada em 2007, onde foram cumpridos mandados de busca e apreensão contra o mesmo grupo. Após a investigação, os empresários reestruturaram suas empresas e voltaram a atuar com jogos de azar.

Esquema – Mesmo diante de uma ação que tramita a três anos na 2ª Vara Federal Especializada Criminal da Seção Judiciária da Bahia, o grupo continuava no crime.

“Alteraram apenas a forma como as peças eletrônicas importadas chegavam à Bahia, utilizando as duas empresas para a fachada sem qualquer constrangimento”, como informou o superintendente da PF, José Maria Fonseca, se referindo à 2M2B Montadoras de Máquinas Ltda e O.M Recreativo Ltda.

De acordo com policiais federais, a secretária Paloma Barreto Martins seria o braço direito do dono de uma das empresas, com poder, inclusive, de decisão, dividindo a tarefa com João Messias Andrade Reis Cruz, que administrava a empresa. José Wilson da Silveira, que já respondeu por contrabando em Foz do Iguaçu, seria incumbido de transporte, manutenção e montagem das máquinas.

Oliver Michel Franceschi reside em Fortaleza e negociava com a empresa Sygmatron Indústria e Comércio Ltda, localizada em São Caetano do Sul (SP), de Wilbis Wilson Paulo. Está foragido Márcio Matos Falcão Ferreira, responsável pela programação das máquinas caça-níqueis. Carlos Alberto Penelú da Silva e Airton de Paula de Lima trabalhavam na administração.

As empresas possuíam toda estrutura necessária para explorar pontos de jogos eletrônicos. De acordo com a PF, os acusados também estão envolvidos em modalidades criminosas como corrupção ativa e passiva, crimes de falsidade, sonegação fiscal, lavagem de dinheiro e crime contra a economia popular.

Fonte: Mariacelia Vieira / Tribuna da Bahia

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