PF abre inquérito para apurar suspeita de fraude em concurso da Ufba

Policiais federais estarão nos locais de prova, no domingo

A Polícia Federal instaurou um inquérito para apurar as denúncias sobre a suspeita de fraude no concurso da Universidade Federal da Bahia (Ufba), que acontece no próximo domingo (29). A informação foi confirmada pela própria PF nesta quinta-feira (26), em nota à imprensa.

PF abre inquérito para apurar suspeita de fraude em concurso da Ufba
Foto: Correio24horas.

A corporação informou ainda que já está com todos os documentos e as informações que foram repassadas pela Polícia Civil da Paraíba, que investiga a atuação de uma organização criminosa envolvida em um esquema suspeito de ter fraudado mais de 100 concursos pelo país.

Ainda de acordo com a nota divulgada pelo órgão, haverá policiais federais nos locais de prova no próximo domingo, para coibir qualquer ato de fraude. O pedido de investigação foi feito pelo Ministério Púbico Federal da Bahia (MPF-BA) e Polícia Civil paraibana.

O MPF-BA também está investigando o caso e uma representação foi distribuída para o 4º Ofício Criminal, sob atuação do procurador Oliveiros Guanais, na área criminal. À frente do processo, Guanais requisitou a instauração de inquérito policial pela PF-BA e a distribuição do processo também para a área cível do MPF-BA.

Procurada pelo CORREIO, a Ufba afirmou que vai manter as provas para o próximo domingo. A Procuradoria Federal junto à Ufba também está acompanhando o caso.

A conversa entre membros da quadrilha foi interceptada pela polícia paraibana (Foto: Reprodução)

Operação Gabarito
Durante a 4ª fase da Operação Gabarito, na Paraíba, a polícia encontrou em diálogos dos suspeitos menções à prova da Ufba. Nas conversas, integrantes da quadrilha negociavam as provas do concurso antes mesmo da escolha da empresa que organizaria a seleção, o Instituto AOCP. Com a repercussão do caso, diversos candidatos entraram com representações no MPF pedindo a apuração do caso.

A investigação apontou que o grupo atua em todo o Brasil há mais de 10 anos – nesse período, o prejuízo estimado é de mais de R$ 21 milhões. Os candidatos que querem burlar o sistema costumam pagar, em média, um valor correspondente a 10 vezes o salário inicial do cargo desejado – assim, há pagamentos de até R$ 150 mil para a quadrilha. A estimativa é de que 100 concursos tenham sido fraudados pelo grupo.

Conversa mostra que quadrilha estava na expectativa da abertura das inscrições do concurso (Foto: Reprodução)

Responsável pela investigação do caso, o delegado Lucas Sá acredita que a quadrilha vai desistir de cometer a fraude, já que agora já foi divulgado que a polícia está fazendo uma investigação sobre o caso. “A segunda possibilidade é que, mesmo sabendo que a polícia está atuando, eles acreditem na impunidade, porque muitos se inscrevem com documentos falsos. A gente espera que com ajuda da organizadora, a gente consiga prender essas pessoas”, comentou o titular da Delegacia de Defraudações e Falsificações (DDF).

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