“Mas Israel, que buscava uma lei que trouxesse justiça, não a alcançou. Por que não? Porque não a buscava pela fé, mas como se fosse por obras. Eles tropeçaram na ‘pedra de tropeço’. Como está escrito: Eis que ponho em Sião uma pedra de tropeço e uma rocha que faz cair; e aquele que nela confia jamais será envergonhado.” (Romanos 9.31-33)
Você já ouviu esta expressão “pedra de tropeço”? Pedra de tropeço refere-se a um teste que explora o ponto fraco. Imagine o teste que é feito para aferir se a gasolina que está sendo vendida é original ou adulterada. Ele é uma “pedra de tropeço” para a gasolina adulterada, pois a revela, desmascara. Paulo está dizendo que Jesus foi colocado como uma “pedra de tropeço”. Isto está na profecia de Isaías (8.14) e Pedro também faz referencia a essa profecia (1Pd 2.8). O que isso significa?
A “pedra de tropeço” que Jesus é invalida qualquer pretensão de ser o que não somos e nem podemos ser por nós mesmos. Os judeus diziam-se orgulhosamente filhos de Deus, descendentes de Abraão, herdeiros das promessas. Sua confiança estava em si mesmos, nos ritos que observavam, na pretensão de cumprir a lei. Mas tudo aquilo ela apenas casca. Eles não passaram no teste, tropeçaram na “pedra de tropeço”. Cheios de si mesmos, estavam vazios da graça de Deus. Tentando merecer o Reino, andaram para longe dele. Mas essa “pedra de tropeço” não somente faz cair, ela também livra da vergonha, pois se revela o falso, também afirma o verdadeiro.
Diante de Cristo não se fica em pé e se declara inocência, pureza, justiça própria ou bondade. Diante de Cristo nos humilhamos, confessamos pecados, confiamos em Seu amor e recebemos Sua graça e perdão. Diante da santidade de Cristo confessamos nossa pecaminosidade, cremos e somos perdoados e justificados. Diante dele dependemos, nos submetemos, não tentamos impressionar. Ele sabe quem somos. Ele é o nosso Salvador. Ele nos cobre com Sua justiça. Quem poderá nos acusar? Diante de Cristo, ou nos livramos da vergonha, ou cairemos nela!