Pedagogia do Sucesso: Qualidade e Participação

“O segredo do sucesso é a constância do propósito”, Benjamin Disraeli (1804-1881).

O ano recém-findo assistiu reações diversas de segmentos da sociedade brasileira à conta da proposta reformista do ensino encaminhada à Câmara Federal – para as devidas análises e contribuições daquela casa-, por outro lado, sem prejuízo de outras participações que houverem por bem manifestar em proposições, numa perspectiva de construção coletiva, com previsão da reforma a ter vigência a partir do ano de 2018.

Em princípio, qualquer manifestação em si mesma está eivada das ideias dos seus autores e isto é perfeitamente compreensível, afinal o que seria do homem sem sua(s) ideologia(s) na percepção do ato de construir para um viver em sociedade com qualidade e um mínimo de desejável harmonia, como prática cidadã de sustentabilidade democrática para todos?

No mundo da política, e esta concebida como a arte de administrar o bem público, há que se avaliar sempre o resultado a ser obtido levando-se em conta a simples relação de custo versus beneficio e isto é elementar, mas, rigorosamente relevante para incremento de medidas ou de alteração futura de rumos. No caso do Brasil, que enfrenta há anos um quadro sombrio e desatualizado na esfera do ensino do 2° grau, há necessidades prementes de ajustar sua política educacional aos novos tempos mundiais, observando-se a formação cidadã, o interesse das novas gerações e, minimante, os conteúdos programáticos voltados às questões estratégicas brasileiros, ao lado da gestão eficiente dos meios utilizados para uma educação com qualidade e seus propósitos sociais transformadores.

A pedagogia do sucesso tem acento na qualidade, participação e na formulação das iniciativas para se atingir a sua efetividade, através da escolha adequada de objetivos e metas, e ela requer o enfrentamento de obstáculos, em que muitos deles já estão há muito tempo perfeitamente identificados.

Por exemplo, será que os programas de estudos (currículos) estão desatualizados e requerem atualização em face da diversa regionalidade do país? Que sejam reformulados na perspectiva dessa complexidade nacional, ouvindo-se os atores interessados!

Faltam professores em número e formação adequada a cada componente/disciplina a ser oferecida, num plano de qualidade em conteúdos? É simples, conjugue-se o verbo motivar no presente e no futuro, promova-se a qualificação e muitos educadores responderão ao chamamento!

Faltam escolas ou grande parte delas está com suas estruturas aquém do minimamente desejável? Em qualquer das realidades regionais deste imenso Brasil, a arquitetura escolar responderá de imediato com a qualidade necessária. É só propor!

Há um consenso, – e a realidade dos tempos atuais indica -, quando o assunto é no campo do ensino e da aprendizagem, a Educação a ser oferecida hoje com qualidade está solidamente vinculada à tecnologia da comunicação e da informação, como instrumentos técnicos e didáticos para educadores e aprendentes. Sendo assim, há que se preparar e instrumentalizar o docente, prover a sala de aulas, o laboratório e outros espaços (biblioteca, administração etc.) dos meios estratégicos a cada projeto de ensino!

É de se supor, uma vez a Educação seja contemplada com a prioridade que lhe cabe no cenário nacional, através um projeto participativo e responsável, que a sociedade brasileira não faltará com o apoio à reforma, vez que a mais interessada por tudo que ela representa para os destinos das futuras gerações.

 

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