Partido de Bolsonaro mais do que dobrou de tamanho com fim da janela partidária

Na Bahia, seis deputados federais mudaram de partido

Partido de Bolsonaro mais do que dobrou de tamanho com fim da janela partidária
O presidente Bolsonaro, do PL, em Teixeira de Freitas. Foto: Arquivo

Durante 30 dias, a cada ciclo eleitoral, é aberta a chamada “janela partidária”, que permite a mudança de legenda sem consequências como a perda de mandato por infidelidade ao partido. O momento é previsto pela Lei 9.096/1995, para que ocorra sempre seis meses antes do pleito.

Em 2022, o período de troca de partido começou em 03 de março e se encerrou na última sexta-feira, 1º de abril. O saldo entre baixas e acréscimos colocou o Partido Liberal (PL) como o partido com mais deputados federais na Câmara, alcançando 73 membros. No início da legislatura, eram 33.

O PL, partido do presidente Jair Bolsonaro, integra a base de apoio formada também pelos centristas PP e Republicanos. Juntos, trouxeram 56 deputados.

A exemplo de nomes que passaram de um partido para o outro, está João Roma, deputado federal eleito pela Bahia pelo Republicanos e que agora faz parte do PL (ele havia se licenciado da legislativa e assumido o cargo de ministro da Cidadania).

Além dele, na Bahia, outros cinco parlamentares baianos mudaram de sigla:

– Abílio Santana, do PL para o PSC;

– Alex Santana, do PDT para o Republicanos;

– Bacelar, do Podemos para o PV;

– Marcelo Nilo, do PSB para o Republicanos;

– José Rocha, do PL para o União Brasil.

Atrás do PL, que ganhou 40 deputados e se tornou a maior bancada (73), estão no topo da tabela o PT, com 56, o PP, com 50, o União, com 47, o Republicanos, com 45, e o PSD, com 43.

PSB, PSDB, PDT e PSOL são algumas das legendas que perderam deputados.

Eleições 2022 no Nordeste

No mesmo calendário eleitoral, seis governadores de estados brasileiros renunciaram seus cargos. Neste ano, a desincompatibilização do cargo público deveria ser em até seis meses antes do primeiro turno da eleição, que será em 2 de outubro.

Dos seis nomes que deixaram os cargos, quatro são do Nordeste e vão disputar uma vaga no Senado: Em Alagoas, Renan Filho (MDB), no Maranhão, Flávio Dino (PSB), no Piauí, Wellington Dias (PT) e no Ceará, Camilo Santana (PT).

Os vices assumem os cargos até o fim dos mandatos.

Completam a lista: o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), pré-candidato a presidência da República e o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), ainda sem definição sobre qual cargo disputará.

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