Parque da Cidade

Parque da Cidade

A turma da madrugada, que começou na década de 80, com mais de trinta participantes, ficou reduzida a oito pessoas, quando entrei há dez anos, hoje extinta. Às cinco da manhã o ar estava silencioso, imóvel e perfumado, os passarinhos, escondidos nas folhas, emitiam suas notas ritmadas e monótonas. Nesta época, o parque da cidade era uma
espécie de fronteira, um portal para a meditação e o exercício físico. A natureza se mostrando enquanto caminhávamos. O mundo natural se oferecendo como uma tela para o nosso deleite, uma relação com o céu e terra, e, dessa forma, nossa turma tinha conexão, nos tornando próximos de alguma maneira.

Ontem ou hoje lá era somente o tempo que passava. Enchendo todos nós de uma sensação anônima em que havia alegria e prazer. Hoje é um local de perigo, não tem mais segurança, soube até que os portões de entrada do parque foram roubados. Uma pena para nossa cidade.

1 COMENTÁRIO

  1. Caro Mizael,

    Sou frequentador do parque da cidade desde que cheguei em Salvador, há 44 anos. Quase sempre estou por lá pela manhã, exceto às quartas e sábados que às seis horas, estou na AABB em Piatã, para os babas dos aposentados. Realmente o parque perdeu muitos frequentadores, vejo como razão outros espaços criados na cidade, às caminhadas saudáveis pela manhã. Não o troco por nada de lazer na cidade, apesar das inúmeras agradáveis praias de Salvador. Abracemos o parque com o seu cheirinho da mata Atlântica. Abraço

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