Parecidos com o amor

“O amor é paciente, o amor é bondoso. Não inveja, não se vangloria, não se orgulha. Não maltrata, não procura seus interesses, não se ira facilmente, não guarda rancor. O amor não se alegra com a injustiça, mas se alegra com a verdade.” (1 Coríntios 13.4-6)

Temos muitas razões para a impaciência, mas o amor é sempre paciente. Nem sempre somos bondosos. Mas o amor é, e tudo que faz visa o bem. Quem jamais sentiu inveja? Quem jamais agiu ou sentiu como se fosse o que não é, gloriando-se em algo que não lhe dava esse direito? Vangloriando-se? O amor não inveja e não se vangloria. Orgulho não o caracteriza e nem ocasionalmente se manifesta. Mas nós somos presas fáceis para ele. Até humildemente conseguimos ser orgulhosos. O amor não trata mal, mas nós tratamos! Dependendo do dia, tratamos mal com muita facilidade! O amor não se apega aos próprios interesses como forma de orientar a vida. Nós nos orgulhamos em dizer que sabemos muito bem o que queremos e facilmente só temos tempo para o que nos interessa.

O amor não anda com a ira na mão direita, pronto para manifestá-la. Quando ofendido, ferido ou traído, é capaz de perdoar verdadeiramente, pois não guarda rancor. Vingança não é uma opção para o amor e nem se sente tentado a ela. O amor anseia pelo que é justo e jamais se beneficia ou se alegra com a injustiça. Sua alegria está na verdade. Mas nós… O que o amor é naturalmente nós, em nossos melhores momentos, mas não em todos, conseguimos ser. Paulo descreve o amor como se ele fosse uma pessoa, atribuindo-lhe qualificações, adjetivando-lhe a existência. Segundo João, o amor se personificou. Deus é amor. Não saberíamos quem o amor é se Deus não se manifestasse a nós. Quando o Verbo virou gente e habitou entre nós (Jo 1.14) o amor pisou a poeira da terra e deu-se a conhecer aos homens. Personificou-se!

E aí ficou clara a dimensão da transformação de que necessitamos para a vida no Reino. Uma transformação que outra palavra, se não “morte”, seria pouca para esclarecer. Mas se morrêssemos, seríamos perdidos, então “Cristo morreu a nossa morte para vivermos Sua vida”. E agora podemos seguir sendo transformados, na medida em que cremos e nos entregamos. Cremos e obedecemos. Cremos e servimos. E tudo devemos fazer em busca de fazer tudo por amor. Pois no Reino do nosso Salvador, sem amor, sem valor. Temos uma dívida de amor da qual devemos nos ocupar (Rm 13.8) e no caminho para saldá-la, devemos fazer o bem a todos, enquanto temos oportunidade (Gl 6.10). Que ambicionemos ser mais parecidos com o amor. Ele é o que de mais divino se manifesta na vida humana! É por amor e em amor que se vive no Reino de Deus.

 

 

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