PARECIDOS COM DEUS

“Portanto, como povo escolhido de Deus, santo e amado, revistam-se de profunda compaixão, bondade, humildade, mansidão e paciência.” (Colossenses 3.12)

Todos queremos nos sentir abençoados. Muitos acreditam na oração como veículo de benção e pedimos e oramos uns pelos outros. É muito bom que desejemos bênçãos e não nos intimidemos por nossa falta de méritos. Deus nos ama e nos abençoa graciosamente. Fazemos bem também em orar por nós mesmos e pelos outros. Jesus nos incentivou a pedir o que precisamos e o apóstolo Paulo, falando sobre o fato de que as necessidades nos deixam ansiosos, orientou que os cristãos de Filipos orassem e apresentassem a Deus suas súplicas como uma forma de viverem livres da ansiedade e de desfrutarem paz, na mente e no coração.

Todavia, devemos também atentar para um aspecto muito importante da espiritualidade cristã. Se cremos no amor e na graça de Deus, devemos ter em mente que a maior benção que podemos desfrutar é a benção de sermos parecidos com Deus. E é uma benção ao alcance de todos nós. Podemos crescer na direção das virtudes que nos tornam parecidos com Deus. Essa é a benção que ninguém e nada pode tirar de nós. É a benção que não envelhece. As demais passam. Por aqui tudo passa, mas não a pessoa que estamos nos tornando. Por isso, assim como ansiamos por benção, busquemos a benção de sermos filhos de Deus, pessoas que apesar de todas as fragilidades, estejam crescendo na direção do caráter divino.

No texto de hoje encontramos cinco características que estão presentes em Deus e que podemos buscar e desenvolver em nós mesmos. E o apóstolo está incentivando os cristãos colossenses a desenvolverem essas virtudes. Creio que toda vez que pessoas se comprometem nessa direção o Espírito Santo ajuda de forma muito especial. Precisamos tomar a decisão de querer ser portadores delas. Elas não são inatas, ou seja, não nascemos com elas embora a nós pareça que algumas pessoas nascem. Elas não se desenvolvem aleatoriamente. São escolhas que devemos fazer. É mantendo-as como objetivos conscientes que farão parte de nossa vida.

Deus é cheio de compaixão. Ele é capaz de compreender o estado emocional dos outros seres. Mais que isso: Ele se compadece – Ele padece com. Ele é bom. Como cantamos, Ele é bom o tempo todo. Ele não nutre amarguras e maldades. Ele tem sempre o coração inclinado para o bem. Ele é humilde. Pensamos pouco sobre essa virtude divida. Ele dá espaço aos outros seres. Ele dá liberdade. Ele se tornou pequeno para nos alcançar. Ele se diminui para que possamos percebe-lo e de alguma forma compreende-lo. Ele é manso, ainda que muitos sintam prazer em falar de sua ira. Mas é uma ira que, como diz o salmista, só dura um instante, enquanto seu favor dura a vida toda (Sl 30.5). Ele é paciente, esperando por nós, suportando nossos fardos. Quanta beleza relacional há em Deus.

Busque a benção de ser mais parecido, mais parecida com Deus. Escolha praticar e desenvolver as virtudes que fazem parte do caráter divino. Ore pedindo ajuda para que elas se desenvolvam em você. Nenhuma benção supera a benção de ser um pouco como Deus é.

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