Pardo

Pardo

É uma tonalidade da pele, algo abstrato, uma genética pela mistura de cores. Eu me acostumei aos pardos, pretos e brancos da nossa cidade, cada tom de pele uma versão diferente da miscigenação entre portugueses, negros e índios.

Não existe diferença de cor quando falamos de gestos e fala. Julgar quem é pardo no Brasil é como se a borboleta nos achasse pesados, o pavão mal vestidos e o rouxinol roucos, e a águia rasteiros, depende de quem julga. O inconsciente é incrivelmente complicado. Não se consegue escapar de seu determinismo. A imagem que construímos está distante deste termo subjetivo “pardo” não é uma identidade. Por identidade, que tem o adjetivo latino, idem, o mesmo, seguido do sufixo dade, no sentido de atribuir uma qualidade. Identidade é assim, o caráter, a verdade de uma pessoa, traduzida por sua história, valores, e princípios, sua profissão e suas crenças. Já a imagem é a projeção da identidade, o conceito que as pessoas gostariam de ser identificadas, observadas, analisadas, então a cor parda é a forma que as pessoas querem ser vistas ou não.Na verdade, não possuímos mais que as nossas próprias sensações; nelas, pois, que não no que elas vêm, temos que fundamentar a realidade.

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