“Nesta vida sem sentido eu já vi de tudo: um justo que morreu apesar da sua justiça, e um ímpio que teve vida longa apesar da sua impiedade.” (Eclesiastes 7.15)
Dizer quanto à vida “eu já vi de tudo” é sempre uma extrapolação. Mas é a maneira de alguém dizer que já não se surpreende, que sua expectativa de ter a vida sob controle já foi superada. Ou, permita-me, de dizer que já abandonou a ingênua ideia de que Deus controla tudo – algo que muitos dizem e que com muita frequência a vida nega. O pecado é a condição existencial da humanidade, ou seja, vivemos segundo nossos próprios parâmetros e não segundo a vontade de Deus. Diariamente, a vontade de Deus é transgredida milhões de vezes no mundo. A vida humana é muito mais uma transgressão que um cumprimento da vontade de Deus. Por isso o justo morre e o ímpio segue com sua vida. Alguns culpam a Deus por isso. Que tolice. Deus é a resposta para isso!
Num mundo em que a vontade de Deus é transgredida com tanta frequência, a vida não faz sentido na maioria das vezes. Devemos então fechar os olhos e orar. Deixar de ver por um instante para olharmos apenas para Deus. O sentido da vida está em vivê-la pela fé em Cristo – o Deus Conosco! É aí que passamos a ver de tudo! Veremos esperança, razão para amar, segurança, felicidade, paz, motivos para sermos bondosos, para perdoar. Veremos enganadores usando o nome de Deus e perceberemos que há uma grande distancia entre ser cristão e ter religião. Veremos que há loucura e doçura no mundo, lado a lado. Veremos que há maldade, mas há misericórdia. Sem Cristo o máximo que teremos visto serão as contradições de uma vida sem Deus. Mas há muito mais para ser visto e Jesus, o Filho de Deus, veio para que possamos ver (Jo 9.39). Ver muito mais e além.