Para ver e ouvir melhor

“Abraão ergueu os olhos e viu um carneiro preso pelos chifres num arbusto. Foi lá, pegou-o e sacrificou-o como holocausto em lugar de seu filho.” (Abraão 22.13)

A psicologia considera que nós temos audição e visão sempre seletivas. Ou seja, duas pessoas participando da mesma cena poderão vê-la de forma própria e diferente uma da outra. Vemos o que “damos conta de ver” e ouvimos o que “damos conta de ouvir”, por assim dizer. Podemos ver mais ou podemos ver menos do que está diante de nós. Podemos ouvir mais ou ouvir menos do que foi dito. Podemos até ouvir o que não foi dito! Se nossas experiências e constituição interferem, será que a distância ou proximidade de Deus, submissão ou falta dela a Deus, podem interferir em nosso modo de ver e ouvir? Creio que sim.

O que veríamos e como ouviríamos se desfrutássemos de toda proximidade e convivência com Deus que Ele deseja que tenhamos? Essa experiência de Abraão leva-me a pensar nisso. Ele seguiu o curso da obediência e podemos imaginar quão desafiador foi para ele esta escolha. Mas ele submeteu-se e Isaque já estava sobre o altar quando o Anjo do Senhor falou e impediu o sacrifício. Foi aí que ele ergueu os olhos e viu – isso me comunica algo. Havia um carneiro preso pelos chifres num arbusto. Pergunto-me: há quanto tempo ele estava lá? Mas Abraão viu tornar seu temor a Deus um ato histórico. Ele viu e viu mais que um carneiro: viu o Deus da Provisão.

Qual a sua visão da vida? O que você vê nas circunstâncias que enfrenta, nos problemas que envolvem sua família, nas dores que sangram sua alma? A falta de submissão e comunhão com Deus podem ser obstáculos à visão de caminhos divinos em meio aos desafios e problemas humanos. Ela produz ruídos que não nos deixam ouvir as dicas do Espírito sobre como enfrentar, lidar e superar nossos fantasmas, medos e dúvidas. Talvez o segredo do nosso momento esteja numa mudança do que somos capazes de ver e ouvir. Devemos obedecer mais, nos submeter mais a Deus para que vejamos. Talvez, o que já esteja diante de nossos olhos. E ouçamos, talvez o que já esteja nos sendo dito. Há muito tempo!

 

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