“Nas tuas mãos entrego o meu espírito; resgata-me, Senhor, Deus da verdade.” (Salmos 31.5)
Sinceridade sem auto conhecimento é um grande engano. É a declaração de uma mentira que acreditamos ser verdade, com toda sinceridade. Mas uma mentira sincera ainda assim é uma mentira. Nessas condições falamos do que não sabemos e nos compromissamos sem poder honrar nossas palavras. Dizemos: “eu sou, eu farei, eu posso” mas esse “eu”, com o tempo, se revela outra pessoa que não quer e nem pode honrar o que foi dito. Há dois fatores que contribuem para isso: falta de maturidade e falta de comunhão com Deus.
A maturidade se alcança com o viver, com o enfrentar obstáculos, limites, consequências, etc. Exige tempo e atitude diante da vida. Pessoas superprotegidas, que estão sempre escoradas em outras, não amadurecem. A comunhão com Deus se experimenta pela fé, por meio de Cristo Jesus, também no dia a dia. Não apenas no templo, nos rituais e costumes religiosos. Exige entrega, rendição, submissão, escolha, fé persistente. Exige o que o salmista expressa no verso de hoje.
Comunhão com Deus contribui grandemente para nossa maturidade. Ser um bom religioso apenas, não basta. Dependendo de nossa religiosidade pode até atrapalhar, nos mantendo irrealistas e imaturos. Deus nos amadurece com Seus “sins” e “nãos”, com conforto e desconforto, com certezas e dúvidas. Mas precisamos nos entregar e viver nos entregando. Entregando tudo, o mais interior, o espírito. Precisamos pedir “resgata-me”, “paga minha conta e liberta-me!” “Liberta-me para Ti pois a Ti eu me entrego!” Para ser realmente e verdadeiramente sinceros, precisamos de Deus.