Diante do River Plate, em Lima, time da Gávea repetiu o feito do Flamengo de Zico, que venceu o Cobreloa em 23 de novembro de 1981 e venceu a Libertadores da América
O Flamengo de 1981 deixou a marca na história. Campeão da Libertadores e do Mundial de Clubes naquele ano, o time liderado por Zico celebra, neste sábado, os 38 anos da conquista do título continental. No entanto, nesta tarde, as atenções foram voltadas novamente para o Fla, mas o de 2019. No Estádio Monumental de Lima, no Peru, foi a vez do time do técnico Jorge Jesus tentar colocar o nome entre os vencedores. O confronto contra o River Plate (ARG) foi às 17h (de Brasília).
Em momentos decisivos, é comum que a torcida procure por semelhanças nos momentos vencedores do clube. E a a principal coincidência nesse caso foi o calendário. Em 81, Flamengo e Cobreloa (CHI) fizeram o terceiro jogo da final também no dia 23 de novembro. Cada uma das equipes venceu jogando em casa e a decisão em campo neutro ficou para o Estádio Centenário, em Montevidéu (URU). Com dois gols de Zico, a taça foi para a Gávea pela primeira vez. Neste sábado, porém, o duelo será em Lima.
Antes disso, na fase de grupos, o Fla ficou na chave de Atlético-MG, Olímpia (PAR) e Cerro Porteño (PAR). Assim como em 2019, quando os cariocas e a LDU (EQU) terminaram com 10 pontos cada no Grupo D, aquele time também acabou empatado em pontos com o segundo colocado. Entretanto, em 1981 foi preciso um jogo extra contra Atlético para decidir a classificação à fase seguinte.
A outra semelhança está no que pode ser o adversário do Mundial de Clubes. Campeão da Champions League, o Liverpool agora aguarda o vencedor da Libertadores. Trinta e oito anos atrás, o Rubro-Negro bateu a equipe inglesa por 3 a 0 em Tóquio, no Japão.
Para os rubro-negros que acreditam em superstições, mais uma coincidência pode ser destacada. O goleiro Diego Alves enfrentou o River Plate com um uniforme amarelo, a mesma cor utilizada por Raul na Libertadores em 1981. O restante dos jogadores utilizou a tradicional camisa vermelha e preta, também como aconteceu naquela época.
Com semelhanças ou não, o Flamengo entrou em campo na tarde deste sábado com a missão de deixar para trás as frustrações anteriores e, enfim, chegar ao topo da América, e conseguiu, no finalzinho, afinal, vencer de virada é mais gostoso.
Texto adaptado da revista Lance.