“A ti, Senhor, elevo a minha alma. Em ti confio, ó meu Deus. Não deixes que eu seja humilhado, nem que os meus inimigos triunfem sobre mim!” (Salmos 25.1-2)
Nossos anseios e temores falam muito sobre nós. E todos temos, tanto uns quanto outros. Às vezes eles são segredos muito bem guardados (pelo menos alguns deles), pois revelá-los nos parece ameaçador. E pode ser verdade! Mas há algo que precisamos lembrar: nossos temores e anseios nos definem de alguma forma. Eles interferem e nos levam a agir e reagir na vida de uma determinada maneira, que pode não ser muito adequada. O fato é que lidar com eles, falar deles, é muito importante. Podemos e devemos falar abertamente com Deus a respeito, como fez o salmista.
“Eu coloco minha alma bem diante de ti Senhor (elevo a minha alma); eu confio em ti, não me sinto ameaçado em tua presença; Senhor, estou com medo de que meus inimigos me derrotem e me humilhem; Senhor, não deixe que isso aconteça.” Fé e sinceridade. É assim que se ora. Não podemos falar com Deus uma coisa e sentir outra a respeito da vida. Precisamos “elevar nossa alma” ao Senhor. Mais à frente, nos versos 4 e 5, o salmista pede: “Mostra-me, Senhor, os teus caminhos, ensina-me as tuas veredas; guia-me com a tua verdade e ensina-me, pois tu és Deus, meu Salvador, e a minha esperança está em ti o tempo todo.”
Ao pedir isso o salmista demonstrou sabedoria e maturidade espiritual. Ele não apenas buscou a ajuda de Deus para seus temores, mas pediu para ser “remodelado”. Se Deus é nosso Salvador e nossa esperança está nele, além de pedir ajuda, devemos pedir mudanças. Mudanças em nós mesmos. Quando exercitamos a sinceridade na oração, somos guiados à sabedoria na súplica. Nossas orações ficam mais maduras e nossa fé, mais saudável. Quando algo em nós muda por causa de Deus, tudo muda ao nosso redor.