Por Lúcio Andrade/ O Sollo
Estados Unidos- Acusado de matar o filho de 1 ano e 10 meses após esquecer o garoto trancado dentro de um carro, o americano Justin Ross Harris foi considerado culpado na segunda-feira (14). O acusado de 35 anos vai ser sentenciado dentro de duas semanas e pode pegar até prisão perpétua. A morte do menino, que ficou por sete horas trancado em um carro na Geórgia, nos EUA, repercutiu por todo mundo.
Seis homens e seis mulheres compõem o júri do caso. Os jurados deliberaram por 21 horas durante os últimos 4 dias. 70 testemunhas foram ouvidas e apresentadas mais de mil evidências do caso. Para os promotores, Justin deixou o filho morrer intencionalmente para “se livrar de suas responsabilidades familiares”. Ele estava tendo relacionamentos extraconjugais. “Esse é um dos casos em que as ações falam mais do que as palavras. Ele tem malícia no coração”, afirmou o promotor público Chuck Boring.
O pai está preso desde a semana seguinte à morte do pequeno Cooper, em junho de 2014. Na época, ele disse que deveria deixar o menino na creche por volta de 9h, antes de ir trabalhar. Ele alegou que acabou esquecendo e só às 16h notou que o menino ainda estava em sua cadeirinha no banco traseiro do carro – já morto.
Durante o julgamento, o detetive Phil Stoddard afirmou que foram encontrados machucados na nuca de Cooper, indicando que ele tentou se soltar da cadeira. O menino também tinha arranhões no rosto, que teriam sido feitos durante o desespero. Segundo o detetive, o pai apertou o cinto da cadeirinha e deixou o assento no nível mais baixo, o que dificultava que ele conseguisse se soltar.
A promotoria diz ainda que horas antes da morte do menino, Harris usou um aplicativo de celular para trocar mensagens com conteúdo íntimo com várias mulheres, incluindo uma adolescente. Ele também já havia usado o computador para pesquisar sobre morte de animais presos em locais de alta temperatura, informou a promotoria.
A sentença de Harris será anunciada no dia 5 de dezembro.
Com informações do correio24hrs